CABRA CAGÃO

Dona iara conheceu um moço mais jovem,

E eu o chamava de bode novo,

O cara só queria levar as vantagens, e era tão lindo que parecia ser primo da senhora feiura! não quero acreditar que o amor é cego, mas tem cada doido que escolhe o inverso.

Chega de prolongar, eu quero mesmo é falar:

Da cagada que o cabra deu, quando um negão veio com ele falar! eu fiquei à observar, pensando comigo que o graveto metido a lutador, enfretaria aquele homão, que botou medo até no cão.

-Eu falei; defende a tua mulher e os teus valores;

Mas vi o boyzinho recuar, parecia um jumento que corria sem parar, rixando seus berros, perdido na roça, com medo de pra casa voltar.

Aaaa, mas não me diga!

Nem donzela foge assim da noite de maravilhas.

O cabra que é cabra, enfrenta até o dragão por sua amada! A arte de ser homem é uma, a arte de ser cagão é outra! Prepare o papel higiênico, que já vem o mocinho a tremer, depois que o negão foi, mostrando pra iara, que cabra cagão não vai ajudá-la em nada...

O Profundo de Fany Cósta
Enviado por O Profundo de Fany Cósta em 31/10/2022
Reeditado em 31/10/2022
Código do texto: T7640036
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