Coisas da minha juventude,

           

     Trabalhava numa empresa de terraplenagem. “A primeira com registro e se chamava: EMEC S/A” Era encarregado de um posto de manutenção ligado à mecânica de maquinários pesados

     O grande escritório ficava num local nos meados de um morro alto, num local aplainado para isto. Junto ficava o setor de transporte.

     Um motorista que ficava de plantão e sempre estava a postos, tinha o hábito de todos os dias exatamente às dezessete horas subir o morro se esconder entre um bambuzal para fazer lá às suas necessidades, nunca vi um intestino tão regulado na vida.

     Depois que terminava e se vestia, voltava para um local onde seria invariavelmente visto por todas às famílias do acampamento e cantava alguns versos de duplo sentido, isto durou seis anos ou pelo menos o que vi, já que nesta época saí da empresa para correr mais mundo.

     Acho que ninguém daquele tempo e que esteja vivo esqueceu o fato e nem os versos cantado pelo tal senhor extrovertido e estimado por todos e que tinha uma voz afinada e se fazia ouvir à distância até de um quilômetro dado á Posição que ele se achava parecendo que comemorava uma vitória pela proeza de ter defecado e adubado o bambuzal.

“O JACARÉ”

Jacaré cantou no seco,

Toco cru pegando fogo ai ai.

     Claro que ele nunca falava “toco cru pegando fogo” e sim (tou com cu pegando fogo) Coisas que a gente não esquece... E vivam às lembranças... Nem que sejam simples e bobas como esta.

Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 23/06/2022
Reeditado em 23/06/2022
Código do texto: T7543928
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