Ode a monografia!
O que? Ainda não tá bom? Me diga isso não, professor! Meu Deus, eu não sei mais o que fazer, o que botar no diabo deste negócio! Obra do Cão!
Vou lhe dizer, e desde já me desculpe, mas… Maldito foi o dia, em que inventaram essa tal de monografia!
Ou como os mais cultos preferem chamar: T-C-C (trabalho de conclusão de curso)
Tá mais é para “tratamento de choque do capeta”
Tanto que já pesquisei, tanto que gastei, li, escrevi, consertei… Enlouqueci! Noites e mais noites em claro, entre digitações e preocupações, festas que deixei de ir, viagens que deixei de fazer, filmes que nunca mais assisti, vozes que escutei
(peraí, já to escutando vozes?)
Sinceramente, eu vou dizer, vou rasgar! Tô é pra pagar alguém pra fazer!
O problema é a confiança… Vai que eu pago a pessoa e ela nem faz? Só copia e cola da internet? E aí? Vai ser como sair da panela fervendo diretinho pro fogo e adeus meu sonho, meu diploma, meu papel… Não, dá certo, não!
(Tão bom se não tivesse esse programa pra detectar plágio…)
O jeito é fazer mesmo por conta própria, mesmo que não fique assim, perfeito, até porque perfeição não existe, não é mesmo? Não é o que dizem? Não precisa também ficar óootimo, um bom já serve, porque na verdade, depois de 4 anos suados, entre dores, amores, raivas e risos, o que eu quero mesmo, de verdade, bem da verdade é passar! E poder dizer: EU ME FORMEI! E poder me virar para toda aquela gente metida, falsa e besta que nunca acreditou que eu conseguiria, e gritar, bem no pé do ouvido:
– OLHA, ELA!
Claucio Ciarlini (2016)
*Texto construido a partir da memória de relatos de alunos de graduação.