Amália
Paródia ao poema Ismália de Alphonsus de Guimaraens
Quando o dia amanheceu
Amália pôs a se pensar:
Tinha uma conta com Zé
E mais outra com Gilmar.
Com o pouco que recebeu,
Decidiu então pagar
Somente a conta do Zé,
"Dar um cano" no Gilmar.
Da janela percebeu
Lá embaixo então chegar,
Com semblante bem bravio
O temeroso Gilmar.
No medo em que se perdeu,
Quis o dinheiro ocultar;
Prendeu a bolsa à janela
Do quarto, no sexto andar.
A bolsa se desprendeu,
O vento pôs a levar;
Seu credor subiu ao prédio,
Sua grana desceu no ar.