Senhora!
Quando eu era criança, morava com meu pai e ele me levou na casa de um casal de amigos, que tinham uma filha muito educada. A mulher a chamava, aos gritos:
-ELAINE!
Ao que ela respondia, sempre:
-SENHORA!
Um dia qualquer, já em casa, ouvi meu pai gritar, da cozinha:
-LIDIA!
Ao, que imediatamente e cheia de orgulho de mim, respondi
- SENHORA!
Algumas risadas ecoaram dos cômodos da casa. Fiquei sem entender o olhar fuzilante do meu pai, até perceber que, por motivos misteriosos, aquilo feriu a masculinidade dele.