O catarro da discórdia.

Compartilhar uma história de hoje.

A gente que passando dia trabalhando, raramente lembra de limpar o nariz! Até pq não temos a necessidade de fazer isso no trabalho.

Então, no percurso do hospital para o ponto de ônibus arrumei com quem conversar e não limpei novamente.

Nesse meio tempo, dava sempre aquela soprava mais forte com o nariz e chupava com força pra ver se o catarro voltava no buraco do nariz. Nada...

O ônibus chegou! Assim que sentei, sentou uma conhecida e começou a conversar,. Eu bem discreto dei aquela soprada com a venta e senti uma tira movimentar dentro do nariz.

Percebi que ela saiu do nariz mas não desgrudou! Uma parte ficou presa na saída do nariz e a outra grudou na máscara.

Começou o desespero.

Se eu esfregasse por cima da máscara, ia ficar aquela meleira, ficava feio meter o dedo pra tirar a meleca assim como poderia tirar a marcará e o catarro cair em cima da moça.

Eu soprei o ar dos pulmões e puxei com as forças que Deus me deu naquele momento, dei uma tragada tão grande que a moca perguntou:

- Você está gripado?

Respondi que não e tentei relaxar com aquela toreba de meleca que voltou com tudo para a cavidade nasal.

Naturalmente voltou gelada! É como se colocasse uma lesma no nariz.

Naquele puxa empurra escatológico deu uma coceirinha no nariz, aquele formigamento e então espirrei!

Era como se tivesse carregado uma espingarda 12 de catarro e desse um tiro dentro da máscara.

Na pressão do espirro a máscara voou pra lá eu pisei e empurrei pra baixo do banco. Levantei a camisa e passei a parte da frente da gola por cima do nariz e arrastei pra baixo esfregando a barba.

Senti aquela melecada fria encostando no pescoço e relaxei.

Levantei, dei tchau pra moça e desci do ônibus!

Tô aqui na avenida Santo Amaro, noite, frio da gota, e nem era o meu ponto!

Ensinamento:

Quem nunca brincou com catarro, quando brinca se lambuza.

Laudo Costa
Enviado por Laudo Costa em 22/04/2021
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