O mundo gira, e o lusitano, roda...
Três cidadãos condenados à morte encontram-se no teatro das execuções, tendo como último desejo a escolha sobre a forma de deixarem este mundo de Deus, e partir para o mundo que só Deus sabe onde...
Injeção letal, ou cadeira elétrica?
O primeiro, um sueco, nem hesita. Tomar choque, nem pensar...Toma a seringada e nem faz uma careta que seja ao entrevar a alma...
O segundo, um espanhol, sempre com pavor de injeção, opta pela eletrocução. Devidamente amarrado, e aparelho acionado: nada. O sistema falha. O carrasco, cumprida a sua missão, que é a de executar,
não tem saída senão liberar o afortunado de seus grilhões. E desejar-lhe boa sorte.
O terceiro condenado, cuja nacionalidade juro desconhecer, pois sei-lhe apenas o nome, que é Joaquim Manuel, além da profissão, que é a de eletricista, apenas pede ao carrasco um aparte, antes de fazer sua escolha:
- Olha, sinhoire, eu sempre fui muito ansioso e isso me permitiu observaire beim e daí corrigir as coisas que estão a andarem erradas...
Assim peço que o senhoire afunde mais fortemente a tomada da cadeira na parede...