O RITMO CERTO
O serviço da pintura da igreja ia de vento em popa. Os pintores trabalhavam cantando ao ritmo de alegres marchinhas carnavalescas.
- “Chiquita bacana, lá da Martinica, / Se veste com a casca da banana nanica...”
Vendo aquilo, o padre foi falar com eles:
- Pessoal, trabalhar cantando é ótimo, mas procurem cantar uma música mais apropriada ao ambiente...
No dia seguinte, os operários continuavam cantando, só que o ritmo mudara (o do trabalho também).
- “Ave, ave, ave Maria – Ave, ave, ave Maria ...” – O pincel marcava o ritmo, como a batuta de um maestro.
Pelo visto, o serviço iria demorar. Tudo bem para eles, que ganhavam por diária.
Vendo que o serviço não avançava o padre foi até eles e perguntou:
Rapazes! Como era mesmo aquela musiquinha que vocês estavam cantando antes?
Domínio Público