O VELHOTE & A MORTE
Um velhote cansado e já sem norte
Arrasta-se à ladeira ao meio-dia
Com uma carga que bem se parecia
Mais pesada que as forças do seu porte...
Eis que enquanto ralhava com a má sorte
Uma queda das grandes lhe ocorria
Emendando a lamúria-latumia
Em um brado chamou a negra morte...
Mal abriu os olhinhos no mormaço
Com o feixe de lenha ao espinhaço
Divisou a malvada e seu cajado...
Matutou bem depressa e emendou
Fui euzinho, sim senhora, quem chamou
Ajude aqui que o feixe tá pesado...
(Ao Mestre sonetista Herculano Alencar e sua “Última Metáfora”.)
.