Te perdoar?? Má Oliveira *** Credu in Cruiz, Ave Maria - Jorge Linhaça
Cê liga meio dia, diz que a virose te pegou...
meio dando indireta que foi praga que "alguem" rogou
Só se foi meu inconsciente...
corraaaaaaaa pro banheiro...
Te juro que sou inocente!
A coisa foi meio assim,
vou tentar te explicar
vê se sai desse banheiro
e tenta me escutar...
Cinco da tarde eu prontinha a te esperar
não pensei que sairias, sem antes me mimar...
às duas da manhã, novamente me aprontei...
pois do cabelo das cinco, nem os grampos encontrei...
e o cê não seria besta, dessa mancada me dar...
pois olha, tu é besta,
mais besta eu que demorei pra notar!!!!
As oito da matina, banho corrido e o cabelo esticar,
melhor tascar um batom bem forte, pois notando a boca,
os zóios cansados vai ignorar...
E só ao meio dia, ocê vem me contar (!!)
que tua ausência toda
é porque estavas a ...
posso chamar de virosiar?
E entre justificativas e zóio mortão,
ainda me toca aguentar
sopa de doente no fogão!
não sei onde ando com a cabeça
que não te dou um safanão!!!
e o cê, tão cara de pau,
ajoelha e ainda pede perdão
e me convence que nem tudo é só confusão
nessa salutar relação
tem dias muito legais
onde aceito tudo que vem...
o cê estressadinho...
e eu dizendo amém...
e também tem outros dias
que o paraíso se faz
o cê dita as ordens,
e eu carrego a plaquinha "aqui jaz"
sem falar nos doces momentos
de pura paz e louvor
ocê grita as regras
eu respondo: "sim senhorrrrrrrrr"
e é assim esse circo, que a gente mesmo armou...
e o cê, até onde me enterrar viva,
já arrumou...
mas tudo em nome do amor
que um ao outro nem jurou
deixando ainda mais pasmo, quem tudo isso acompanhou
pois se nem crias e nem posses estão a nos prender...
porque vivermos juntos esta saga?
ninguem sabe responder...
mas o cê tá muito amarelo
melhor pro banheiro correr...
ou começo a falar de novo...
ocê vai sobreviver???
Quanto a te perdoar...
vou pensar...
Credu in Cruiz, Ave Maria - Jorge Linhaça
Eita ferro minha amiga
que a coisa é ruim ansim
vivê nu meio di briga
rezanu i fazenu inté figa
da tumba finginu um jardim
Num vô nem ti dá consêio
mó di num parecê atrevido
se o cê inda fica nus espeio
passanu um baton vremeio
à espera du cabra enxirido
Quem sô eu pra contestá
us motivo desse teu agir
melhó mesmu é ieu me calá
i dus pitacu me afastá
mai queria era te vê sorri
Si num há u qui te acorrente
nem as posses e nem as crias
e nisso tudo tu consente
vai vê que assim ficas contente
Credu in Cruiz, Ave Maria