CAMPANHA: “MILIONÁRIO, VÁ PARA O CÉU!”

A campanha é: “milionário vá para o céu, faça um pobre, eu (por exemplo) feliz e Deus vai iluminar o seu caminho!”

Depois de alguns cálculos em casa, conclui, que apesar do meu desprendimento material, a quantia relativa, que faria acreditar que a vida não é só um “mar de lágrimas”, etc., são irrisórios DOIS MILHÕES DE DÓLARES!

Sim, porque a moeda nacional, não vale nada e vai que eu pense em dar uma voltinha pela Europa, Ásia, etc., esse dinheiro não vale. Tem que ser em dólar! Alias, uma quantia muito modesta, para você caro milionário, que pretende alcançar as graças do Criador e concomitantemente, fazer um pobre, muito feliz, no tocante aos bens materiais, porque os sofrimentos morais, continuarão os mesmos, mas, já serve de consolo!

Milionário, pare e pense: como pode este pobre, ser feliz, dirigindo um velho carro com mais de 10 anos de uso? Não dá! É muito sofrimento! Preciso de um câmbio automático, pois, no tempo que eu gasto “indo” até o câmbio e trocando de marcha, posso passar, fazendo uma prece por sua felicidade! Diga-se de passagem, já que toquei no assunto que a tecnologia nacional automotiva, (apesar de ter melhorado bastante, é verdade), continua muito fraca! Por isso, eu peço, coloque a mão na consciência e saiba que com essa pequena, irrisória doação, posso comprar UM MERCEDES, ou aquele modelo importado, mas, modesto da BMW. Afinal de contas, o que são seiscentos mil, em (cambio de hoje): R$ 10.245.350,00 (dez milhões, duzentos e quarenta e cinco mil e trezentos e cinquenta reais)?! Nada, absolutamente nada! E imagine a felicidade do pobre, pobre!

Pense nisso, milionário toda vez que o próximo veículo nacional velho, a sua frente estiver atrapalhando sua locomoção: “é, esse sujeito precisa de uma doação de DOIS MILHÕES)!” E não esqueça, por favor, moeda nacional, não! Pode ser EUROS, LIBRAS ESTERLINAS, mas, Real, isso não vale nada!

Não! Não isso não é nenhuma piada! Não pensa em ir para o céu?! Não deseja ter sua memória eternizada! Pense na inscrição numa placa por décadas e décadas reluzente a seu respeito: “este homem, fez a felicidade de um pobre e hoje repousa ao Lado do Pai e do Filho, no paraíso!”

E nesse caso, eu nem faço questão que seja cumprido aquela passagem bíblica: “não saiba vossa mão direita o que faz a vossa esquerda, não!” Por mim, pode falar a vontade, nos jornais, na internet, até na Rede Globo (ainda que esteja meio em baixa ultimamente), nas redes sociais, etc!

Tendo gasto essa pequena quantia (R$ 600.000,00), na aquisição de um carro “decente”, vamos a moradia. Sim, porque um pobre com uma doação tão irrelevante, doravante, precisa morar relativamente...

Com um mísero MILHÃO DE REAL, compro lá uma casa na praia, mais umas quatro, ou seis na capital, para garantir a renda, não é mesmo?! Afinal de contas para tirar um pobre da miséria definitivamente, ele precisa de rentabilidade, concorda?! E sei muito bem que de rentabilidade você conhece bastante, estou certo?!

Não importa, o que importa é que depois da morada, o meio modesto de locomoção é a hora mais complexa do recebedor da doação, delicado momento de pensar no pacote de viagem pelo mundo. Sim, uma dúvida muito atroz, nesses instantes de dúvida e instabilidade: qual o destino? Paris? Suécia ou Suiça? Dinamarca? Já sei... uma passadinha na Nova Zelândia, para contemplar àquelas paisagens exóticas, não faria mal a ninguém!

Pense nisso, milionário, toda vez que fizer sua transferência 100, 200 milhões de dólares, que com apenas DOIS desses inúmeros milhões, faria a felicidade de um ser e em contrapartida ainda compraria sua “escada para o reino celestial!”

“Deus, aqui do meu lado, tá falando: ‘obrigado filho!”

Na verdade, tudo isso, não passa de uma brincadeira (?!) Na verdade, eu errei na quantia(?) Dois, não dá! Tem que ser DEZ MILHÕES DE DÓLARES! Desculpa aí, tá?

Jfranck
Enviado por Jfranck em 23/12/2020
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