Dona Ondina,
viciada em hospital!
viciada em hospital!
Dona Ondina é gente fina
Mas tinha uma mania esquisita
Não vão acreditar o que essa mulher fazia
Não falhava, sequer um dia
Sem ela ir se consultar no hospital!
Doutor João até já está acostumado
Chama a mulher pelo nome
Tem seu “zap, face, email e telefone”
Ah! E como ouvia o doutor, coitado
E ela mesma dizia, como esse doutô é legal!
Sempre dessa forma começava a consulta
Logo o doutor perguntava:
Hoje, onde é sua dor dona Ondina?
Me conta o que a senhora sente
Doutô, tenho umas tonteira de repente
Noite e dia, dia e noite, passo mar!
Mas me diga minha amiga
Agora na senhora, aonde é que dói?
Conta aqui pro seu amigo João
Estou pronto pra lhe ouvir
...com caneta e papel na mão
Fique a vontade, é sua casa este hospital!
Seo dotô intão cumessa a escrivinhá
Anóta tudim u qi eu vô falá
Não fais indéia, é uma dor disgranhida
Começa na cabeça e vai pra barriga
Dessi pelas perna, inté us dedão du pé
Nunca vi nada inguáu!
Passaram-se duas semanas inteiras
O médico e todos comentando e preocupados
Mas o quê será que aconteceu?
Será que dona Ondina morreu?
Porque não veio mais pro hospital?
Exatamente um mês depois:
Doutor vi ela ontem na praça
Diz Aninha sua assistente
"Ufa! Enfim deu o ar da graça"
Mas parece não estar muito boa
Tão engraçada que era e como ria a toa
Dona Ondina não está mesmo normal!
Apareceu andando devagarinho
Agora levada por seu netinho
Com as pernas “meio bamba”
Segurando uma bolsa com bananas
Pra entregar pro doutor no Hospital!
O quê aconteceu Dona Ondina ?
Porque não apareceu mais pra conversar (digo consultar)?
Doutô o senhor nem imagina o que me aconteceu:
-Eu estava muito doentinha
Nem eu sabia o que eu tinha
E não pude mais vim mi consurtá
Esperei inté melhorá
Pra adispois vortá ao hospitár!!!!
Pra adispois vortá ao hospitár!!!!
Ué!
E não é pra essas coisas que existe hospital e o médico?
E não é pra essas coisas que existe hospital e o médico?