OS OSSOS DO OFÍCIO
“Para Xavier Zarco”
Ele há muitos ossos do ofício,
Na vida humana a transcorrer,
Se uns tantos trazem benefício
Outros tantos são duros de roer…
Há caminhos mui divergentes
Entulhados de desperdício,
E mesmo quando convergentes
Ele há muitos ossos do ofício.
Se há olhos e mentes mui cegas
É porque não conseguem ver
E abundam atitudes negras
Na vida humana a transcorrer.
Tantos passos dados em vão
Neste mundo pobre e fictício,
Quanta inveja e frustração
Se uns tantos trazem benefício…
Há gestos tão esperançosos
Em cada dia a acontecer
Se alguns são auspiciosos
Outros tantos são duros de roer.
Hora a hora e com bom senso
Cumpramos o ofício qu´ nos toca
Pois tudo na vida é propenso
Aos prélios em que desemboca.
Nos ossos duros de roer
Nada nos deve desmotivar
Há que lutar para vencer
E nunca, nunca recuar…
Se na luta há competidores,
Ainda bem, tenhamos raça…
Ele há muitos “cães” ladradores
Mas toda a caravana passa!
Frassino Machado
In ODIRONIAS