O SILAS DAS SETE SILADAS
Lá prás bandas de São Paulo
Num planeta feito Brasil,
Com máscara primaveril,
Cavalga sem protocolo,
Um amigo de lauto perfil
Na poesia de Livre Solo.
De catilinária original
Cai no goto de toda a gente
Que não fica indiferente
Ao discurso palavral,
Que fala certo e não mente
E que não sangra, afinal.
Entram versos, sai poema,
Nada lhe escapa – ainda bem –
Excepto os humildes, porém.
É fatal seu estratagema,
Num ritmo de mil aos cem
Em linguagem sem dilema.
Cuidai-vos almas desabonadas
Nos caminhos que transitais
Com suspeitosos sinais…
Nas noites e madrugadas
Vede bem se vos livrais
Do Silas das Sete Siladas.
No Tempo que está passando,
Co´ o mundo de mal a pior,
Eis aqui – em tom maior –
O que estamos precisando.
Viva Silas, o Agitador,
Que sempre s´ impõe, queimando!
Frassino Machado
In ODIRONIAS