Tudo isso num dia só
Estou aqui, feito um trapo
Não podia ser pior
Nem sei eu, mais o que faço
Vou começar contar meu dilema
Desde que saí da cama
Tentado juntar meus pedaços
Ou que sobrou dos farrapos
Repetindo que aconteceu
Tudinho, e num dia, só!
Acordei mal humorado
Com gosto de ferrugem na boca
Mais de uma hora atrasado
Relógio/despertador parado
Sem ter separado as roupas
Que vestiria pro trabalho
Pra lá e pra cá de pijamas
Igual um doido alucinado
Devia mesmo ter voltado
Aliás, nem deveria ter saido
Do quentinho da minha cama
Elevador inda quebrado
Morando no quinto andar
Pensem num cara irado
E a coisa vai piorar!
Só um pão seco com margarina
O último que sobrou do saco
E que ainda caiu da mão
Aquele arremedo de pão
Com o recheio virado pra baixo
Sem tempo pra café novo
E o restinho que tinha no bule
Apinchei goela abaixo
Frio, amargo, horroroso
Que coisa assombrosa, cruzes...
Eu ali com a mesma cara de bobo
Lembrei até o que a mãe dizia
Pare de fazer e pensar porcarias
Vai garrar juízo seu velhusco, e estude!
Cheguei atrasado ao trabalho
E bota atrasado nisso
De cara já fui intimado
E isso "são horas"..., seu estrupício
Vá direto pro escritório
Falar com o seu João
Com essa cara de velório
Aqui você não trabalha mais não!
Imagine tudo isso num dia só
E vai ficar, ainda pior...
Até minha boneca inflável
Que pensei ter dado fim
Na boquinha da noite, toc/ toc na porta
Mas quem ou o quê, será enfim
Não vão acreditar o que vou falar
Fiquei boquiaberto e engasgado
Estava ali a boneca inflável
Embuxada, com um filhinho no colo
E outro cabeçudinho do lado!
Pior que eram a minha cara
Pedindo colo pra mim
Perdi o emprego e virei pai
Será que isso vai ficar pior?
Tudo porque perdi a hora...
Oh dia, que não tem fim
Se piorar mais, melhora
E tudo isso, num dia só!
Estou aqui, feito um trapo
Não podia ser pior
Nem sei eu, mais o que faço
Vou começar contar meu dilema
Desde que saí da cama
Tentado juntar meus pedaços
Ou que sobrou dos farrapos
Repetindo que aconteceu
Tudinho, e num dia, só!
Acordei mal humorado
Com gosto de ferrugem na boca
Mais de uma hora atrasado
Relógio/despertador parado
Sem ter separado as roupas
Que vestiria pro trabalho
Pra lá e pra cá de pijamas
Igual um doido alucinado
Devia mesmo ter voltado
Aliás, nem deveria ter saido
Do quentinho da minha cama
Elevador inda quebrado
Morando no quinto andar
Pensem num cara irado
E a coisa vai piorar!
Só um pão seco com margarina
O último que sobrou do saco
E que ainda caiu da mão
Aquele arremedo de pão
Com o recheio virado pra baixo
Sem tempo pra café novo
E o restinho que tinha no bule
Apinchei goela abaixo
Frio, amargo, horroroso
Que coisa assombrosa, cruzes...
Eu ali com a mesma cara de bobo
Lembrei até o que a mãe dizia
Pare de fazer e pensar porcarias
Vai garrar juízo seu velhusco, e estude!
Cheguei atrasado ao trabalho
E bota atrasado nisso
De cara já fui intimado
E isso "são horas"..., seu estrupício
Vá direto pro escritório
Falar com o seu João
Com essa cara de velório
Aqui você não trabalha mais não!
Imagine tudo isso num dia só
E vai ficar, ainda pior...
Até minha boneca inflável
Que pensei ter dado fim
Na boquinha da noite, toc/ toc na porta
Mas quem ou o quê, será enfim
Não vão acreditar o que vou falar
Fiquei boquiaberto e engasgado
Estava ali a boneca inflável
Embuxada, com um filhinho no colo
E outro cabeçudinho do lado!
Pior que eram a minha cara
Pedindo colo pra mim
Perdi o emprego e virei pai
Será que isso vai ficar pior?
Tudo porque perdi a hora...
Oh dia, que não tem fim
Se piorar mais, melhora
E tudo isso, num dia só!