O roubo da máquina fotográfica
Lembrei-me de um dia, passando as férias em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, um fato que até hoje nos faz rir.
Foi em 2015, numa praia da cidade, estávamos hospedados numa pousada local, eu e mais quatro amigos. Passamos o dia inteiro passeando, chegada a fadiga, fomos descansar na casa, já estava anoitecendo e o pôr-do-sol estava para começar; todos diziam ser lindo este fenômeno em Aquiraz, ainda mais com o cenário das dunas embelezando tudo.
Ora, fomos para a sacada de um dos quartos, eram quatro andares no edifício e os nossos cômodos ficavam no terceiro. Um amigo pegou a câmera dele, dizia ser caríssima, de fato, aparentava ser mesmo.
Deixou no batente da varanda para não deixar a imagem tremida, fez uma pose estranha - essas coisas de aspirante a fotógrafo - e esperou o momento certo para tirar a esperada foto. Uma coisa era certa, os que diziam ser bonito o ocaso de Aquiraz tinham razão, muito bonito mesmo.
O meu amigo, que ainda estava fazendo hora para tirar a bendita foto, nos disse que colocou uma opção da câmera a qual tirava múltiplas fotos, como se fosse um vídeo, e relaxou o corpo, se uniu a nós para contemplar a beleza solar decentemente.
Não acabou bem, no que ele se afastou da câmera, uma gaivota desconfiada que estava num mastro voou, ninguém a viu voando em nossa direção, foi muito rápido. Quando ele deu fé, batidas de asas ecoaram no ambiente e a gaivota, que parecia um avião de grande, pegou a câmera com lente, cordão e tudo, levou com ela nos pés para um lugar que ninguém sabe até hoje.
O prejuízo: além da máquina, cerca de 500 fotografias que diz meu amigo que tentaria vender algumas numa agência...