QUIXOTISMO E QUIXOTISMOS
“Mais Covide menos Covide” (*)
Nada se ganha a persistir nos mesmos erros
Quando os destinatários disso fazem de conta,
Porque a própria coisa lhes é de pouca monta
Nem que a batalha a travar seja feita aos berros…
Mais covide, menos covide, parece coisa tonta
Que envolve os viandeiros nestes vis desterros
E p´ los quais se prevê procela a sete ferros
Já que a aurora da confiança não desponta…
Ao quixotismo tenaz de quem se acha ao leme,
Respondem quixotismos com díspares caminhos
Esquecendo qu´ águas paradas não movem moinhos,
E ficando na triste memória o vento que geme.
Uns seguem convencidos p´ la “melhor razão”
Outros vão assobiando, fazendo ouvidos moucos…
É batalha perdida, é batalha de loucos
E, acima de tudo, é uma “batalha de ilusão”.
Ó viandeiro cidadão, quando chegará a cura?
Quem ousa implementar um exemplo confiante?
Quem pára, escuta, olha e pensa num instante
A arma mais profícua, pra esta conjuntura?
Nesta Mensagem, qu´ é para todas as idades –
Quixote ou Sancho, conforme for o seu desenho,
Mesmo mudando de Rocinante pra Clavilenho –
Ficarão sempre em xeque todas as liberdades!
E não se diga já se há Covide ou não:
Em caso de dúvida mude-se o habitual tribuno,
Nem que haja precisão de pôr lá Malambruno…
Pois, onde ninguém s´ entende aí não há razão!
Frassino Machado
In ODIRONIAS
(*) – Regresso ao Confinamento?