SERÁ QUE EXISTE?
Izaías Veríssimo de Castro
Záias CastroVéris - 26/10/2015
Será que existe?
Saudade sem desejo, desejo sem “querer”
Vontade de rever se um dia não viu?
Lembrança sem memória, livro sem história
Abraço sem afago, beijo sem boca, beijo sem “bico”?
Ah! Nisso Eu não acredito...
Choro sem lágrima, canto sem voz
Morte sem vida, amarrado sem nós?
Alegria sem tristeza, riso ou gargalhada
Macho sem fêmea, homem sem mulher?
Isso não existe né?
Será que existe avô sem neto, errado sem certo
Grito sem eco, longe sem perto?
Escuro sem claro, terremoto sem abalo
Roda quadrada, roda que não rola?
Aluno sem escola, futebol sem bola?
Ah! Diz-me logo a verdade não me enrola!
Redemoinho sem vento, poeira sem terra
Chuva sem nuvem, noite sem “breu”?
Peixe que não nada, boi que não berra?
Você quer que eu acredite nisso? Eu?
Dia sem “D”? Se não existe fazer o que...
Lago, riacho, rio, mar sem água
Calor sem frio, fogo sem calor?
Vôo sem asa, carro sem estrada
Mel sem colméia, beija-flor sem flor?
Tudo sem nada?
Se existe... Estou louco, não sei de mais nada...
Será que existe também bicho sem mato?
Ah! Certamente que sim...
O “bicho Homem” que no seu jeito abstrato
Cheio de façanhas, diz “inovar” mudar o retrato
Que num ato de eloqüência, esquece sua essência
Parece perder a consciência
Não lembra que é visto e observado lá do alto
Mas peraí! Será que existe ou não existe
Tudo isso que em palavras eu disse?
“Certamente que sim, certamente que não”... (??)
Tudo depende do seu querer,
Da fertilidade imaginária do teu Ser!
Do poder da sua imaginação!