Cachorro desconfiado
Fonseca, hoje, não queria graça com ninguém.
Estava absolutamente revoltado.
Não pude dar-lhe um carinho hoje,
E já meteu um bico do tamanho do Everest na boca.
Fonseca é dócil e amável.
Mas hoje acordou com o "rabo virado pra Lua".
Eu estava atrasado e não lhe dei atenção.
E sutil como uma âncora de navio, mostrou-me seu desgosto.
Ora, Fonseca.
Desfaça essa "cara amarrada".
A gente vai passear,
Já até o coloquei no carro.
Por que tanta desconfiança?
Não sabia que ele já estava habituado.
A todas as vezes que não lhe dera atenção,
estarem curiosamente ligadas às idas ao veterinário.
Ah, Fonseca!