DELEGACIA / Problemas com SASTI e SÁRTU
Um escrivão de polícia digitava velozmente, na delegacia, enquanto tomava depoimento de testemunha numa cidadezinha de um interior nordestino, mas era uma coisa que ele costumava fazer somente em cidades grandes e bairros nobres.
A testemunha falava:
- Daí pra frente, o galeguinho partiu “pá cima” do “mau’lemento”, mas aí ele deu um “sáRtu” bem “ligêru” de lado... mas aí o galeguinho “num’deu” nem “saStifação” e “plantôli” a mão “nus pé” das “zurêia”...
- Parou! Parou! Parou! Parou! – gritando, o escrivão ordenou... e logo em seguida dirigindo-se ao delegado – Doutor, a testemunha pode ir embora?
O delegado, da outra sala, replicou com outra pergunta:
- Mas ele nem bem começou e já deu por encerrado o depoimento?
O escrivão foi curto e grosso na conclusão:
- A testemunha a que me refiro sou eu mesmo, aqui, presenciando esse cidadão assassinar a língua portuguesa! Alguém me dispense daqui, por favor!