O Homem Que Pulou, Carnaval Inteiro
Primeiro, "pulou a cerca" quando a esposa o deixou “solto” porque ela tinha levado somente os filhos para passear no exterior.
Acerca de ter "pulado a cerca", isso não deu certo e fugiu do marido traído – e para isso pulou o muro em desabalada fuga. Pulou de volta para o seu bairro para deixar a poeira baixar com relação à cúmplice que também fugia do flagrante.
Pulou de um “caso” a outro e foi filmado no pulo pelas câmeras do prédio. Pulou para a rua e chamou o síndico para sair no braço. Mas o síndico só queria chantageá-lo e ele pulou da ameaça para o suborno, ficando com as imagens em suas mãos e destruindo aquelas provas.
Pulou de um ônibus em movimento depois de assediar uma jovem que estava acompanhada do namorado e ele não tinha percebido isso. Nessa manobra apressada, pulou num galho de árvore para se refugiar no alto e fugir de um cachorro solto na rua.
Pulou em blocos de trios elétricos... pois preferiu pular um intervalo de dois dias até voltar às traições, retornando à ativa na segunda-feira daquele feriadão de Carnaval.
Pulou no pescoço de um travesti que parecia ter dado bola para ele, mas na verdade estava já esperando a chegada de seu par. Para fugir da briga do enciumado, pulou numa motocicleta que aquele outro tinha deixado com a chave na ignição e teve que pular em movimento depois de rodar por cinquenta metros porque não sabia pilotar bem aquele veículo de fuga.
Arrebentou-se nessa última manobra e acabou numa emergência do SUS, onde pulou a vez de atendimento subornando o atendente.
No último dia do Carnaval conseguia se mover, mas pulava numa perna só por causa dos machucados da queda da moto e não conseguia mais achar qualquer graça no Carnaval de rua. Pulou em cima da poltrona e ficou assistindo ao Carnaval pela TV.
Na quarta-feira de Cinzas pulou da cama e foi ligar o celular que tinha propositalmente desligado para não ser “incomodado” pela esposa durante todos aqueles “pulos” da festa nacional.
Meia hora depois, jogava seu celular nas águas de um famoso rio conhecido por sua famosa ponte. Depois de desistir de ler todas as mensagens de texto onde a esposa deixava o aviso de que não mais voltaria ao Brasil porque tinha fugido com um amante rico... o cansado e arrebentado folião pulou da ponte, mesmo sabendo que nunca tinha aprendido a nadar e que a altura poderia tornar fatal o seu desesperado pulo para a eternidade.
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Moral da história (estória) --------- Enquanto você pula, o diabo comanda tudo sentadinho (por controle remoto).