ÁGUA DO POCINHO

Idos dos anos setentas, figura miúda jovem e timidez estampada no rosto e na alma, bem interiorana, dos cafundós de Minas para ser exato.

Feliz ou infeliz coincidência?

Pouco depois de sua chegada e um breve diálogo com a dona da casa estava empregada, havia chegado de Minas naquela manhã e agora quase quinze horas.

Ouve-se o som da campainha, a dona da casa vai ao portão atender e três amigas vinham visitá-la.

Uma tarde um pouco fria, e no decorrer das conversas, a dona da casa chama a nova empregada e solicita que seja feito e servido um café as amigas visitantes.

Café feito servido tomado e elogiado, utensílios recolhidos.

Dezesseis horas e poucos minutos, visitas se retiram dona de casa, vê as louças do café em cima da máquina de lavar roupas e fica surpresa.

Maria, chama pela nova empregada

- O que a louça está fazendo em cima da máquina?

-Por que ainda não as lavou?

E tem como resposta

D. Tereza a água do “pocinho” mal deu para fazer o café

Aí a surpresa foi maior. Pocinho? Que pocinho?

Maria abre a porta do WC e aponta o vaso sanitário

Nomes fictícios de uma história não fictícia