NAZARÉ e a MARÉ

- Querida! Psiu! Nazaré!

- Oi, mô, diga!

- Fica aí na varanda, já que dá pra ver bem daqui de cima... Fica prestando atenção se a maré já tá alta e se tem uma lancha chegando! Qualquer coisa me avisa! Porque, se eu ficar olhando, a claridade do sol faz mal à minha vista. Não sei nem se eu trouxe meus óculos escuros!

- Tá certo, mô! – Respondeu Nazaré com um sorriso largo no rosto.

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Uma hora depois:

- Mô...! – (Nazaré chamou.)

- Hum!

- A maré... eu não sei dizer, mas nada de lancha ainda!

- Continua olhando, querida! Qualquer coisa me avisa porque não sei onde pus meus óculos escuros. Minha vista não aguenta!

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Uma hora e meia depois:

- Mô...! – (Nazaré chamou.)

- Hum!

- Não dá pra dizer sobre a maré, mas nada de lancha ainda!

- Continua olhando, querida!

- Mas, mô... não é melhor interfonar e avisar que a lancha que você contratou tá atrasada?

- Não contratei lancha nenhuma! Estás doida, Nazaré?

- Mas, mô... Então era só pra eu prestar atenção à maré? Não entendi...!

O namorado somente então pareceu se acordar definitivamente de uma série de sonecas seguidas.

- Ooooh...! Que linda minha Nazaré! Mas né isso não, Nazaré. Chega aqui que eu te explico. É que faz já três dias desde quando começou nossa noite de núpcias nesse lugar que não tem sinal de ‘Wi-Fi’ nem nada... e eu não tinha descanso em cima dessa cama! Eu tinha que te distrair com alguma outra coisa, né... Nazaré? Eu queria era dormir um pouquinho, vixi...!

- Óóó, môôôô...!

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Moral da história (estória) -------- Se não tem “Wi-Fi”, então faz!