O ASSALTANTE E O APOSENTADO
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Um dia, um marginal que mora numa pequena cidade interiorana resolve assaltar o único banco da cidadezinha. Para não ser reconhecido entra na agência poucos minutos antes que o expediente termine escondendo o rosto com uma máscara de carnaval. Se dirige ao caixa, entrega um saco de plástico e pede que a moça ponha dentro dele tudo o dinheiro disponível.
Em menos de um minuto o assaltante, recebido o dinheiro, vai na direção da saída mas, de repente, a sua máscara cái.
Um dos quatro clientes o reconhece e grita:
- Eu ti vi, seu malando, sei quem é você!
O meliante se aproxima dele, saca o revólver e o mata no instante. Um segundo cliente, estarrecido, também fala:
- Seu assassino, eu também lhe reconheci e vou lhe entregar à polícia.
O assaltante aponta a arma e, friamente, o mata. Já está bem pertinho de sair da agência quando se depara num senhor de idade em companhia duma megera feia e ranzinza. O bandido pergunta:
- Também você me reconheceu?
- Não, não!! Eu tenho uma catarata danada, não enxergo praticamente nada, não saberia distinguir um papagaio duma bicicleta.
- Tá bom! E essa mulher ao seu lado?
- Ah, ela enxerga perfeitamente e tem memória de elefante!