Celular, sim... mas não SMART
- Pois é, Dona Quitéria e Seu Alonso, estou aqui para demonstrar que eu sou uma pessoa da Capital... em quem vocês podem confiar. Tanto é... que fiz essa viagem de mais de 300 quilômetros para dizer que tenho boa intenção e quero casar com a filha de vocês. Está ela mesma aí de prova que sempre a respeitei... desde a primeira vez que a vi quando, há dois anos, comecei a passar minhas férias aqui nessa bela cidade do interior.
O rapaz falou isso... mas nada de ouvir uma palavra em resposta. Então, ele completou:
- E, para provar que eu tenho condições, começarei dando a ela um telefone celular de presente. Aliás, para dizer a verdade, não é um simples celular que vou dar: é um belo de um “smart”.
Enquanto a mãe continuava calada, o pai Alonso rompeu finalmente o silêncio:
- Mas, o sinhô já começou prometénu muito e logo dispois já vai abaixânu o valor do presente?
O rapaz, um tanto impaciente, respondeu:
- Seja mais claro, Seu Alonso. Como assim?
Então, Seu Alonso em tom de ceticismo e revolta... exigiu:
- Volte a prometê o premêru presente que falou, que era o telefone celular. Pensa que nóis é besta? Me diga para quê minha filha Getrudes havia de querer um “êsmarte”, se o sinhô mesmo tá vendo que ela nem acostuma pintar as “unha”?
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Moral da história (estória) --------- Quem é "vivo" pode querer mais do que um "oi".