JOÃOZINHO E A PROFESSORA DE GRAMÁTICA

.

Um dia a professora de gramática, visando aprimorar o nível de conhecimento lexical dos alunos, pede que cada um deles prepare uma frase contendo a palavra “evidentemente” inserindo-a num contexto gramatical oportuno e correto.

No dia seguinte, um menino filho de um rico empresário, levanta a mão e pede para ler a frase que ele mesmo preparou. Obtida a permissão fala:

- Hoje de manhã, às sete horas em ponto, fui acordado pela nossa governanta que, logo depois, me trouxe, numa bela bandeja de prata, o café da manhã composto por um delicioso croissant e uma xícara de chocolate quente. Depois de ter me lavado e escovado os dentes, vesti o meu novo suéter de caxemira. Enfim, o motorista, dirigindo o nosso novo carro importado, me trouxe até aqui. Evidentemente, ser o filho de um pai rico é uma coisa muito boa.

- Muito bem, comenta a professora, o advérbio “evidentemente” foi usado de forma correta. Mas vamos ouvir o que Joãozinho quer dizer…

- Hoje de manhã, às quatro horas em ponto, me levantei sozinho, tomei o café da manhã composto por um copo de água e um pedaço de pão dormido que havia sobrado do dia anterior. Depois fui ajudar meu pai que é lavrador e, após ter vestido um velho paletó que pertenceu ao meu falecido avô, andei mais de uma hora a pé até chegar na escola. Enquanto estava saindo, vi a avó que também saia de casa com uma cópia do New York Times debaixo do braço.

- Joãozinho, atalha a professora, tudo bem, mas faltou a palavra “evidentemente”...

- Bem, professora, como a minha avó não fala uma palavra sequer de inglês, evidentemente estava indo pra latrina.

Richard Foxe
Enviado por Richard Foxe em 27/11/2019
Reeditado em 29/11/2019
Código do texto: T6805129
Classificação de conteúdo: seguro