DE PARMEGIANA A MUNGUNZÁ

MInha irmã quebrou o pé

E eu fui lhe ajudar

O meu cunhado querido

Querendo nos agradar

Prometeu trazer almoço

Para eu não cozinhar

Eu fiquei agradecida

E comecei a sonhar

Com aquele parmegiana

Que vinha de lá pra cá

E quando foi dez e meia

Eu já tava a comentar

Já tô com água na boca

Só mesmo de imaginar

Se ele chegasse agora

Eu já iria papar

Mas Pretinha foi dizendo

Só sai das onze pra lá

Enquanto eu esperava

Uma manga fui chupar

Pra não sentir trimilica

Se a glicose baixar

Da pra esperar o almoço

Logo, logo, vai chegar

E chegou as doze horas

E nada de aparecer

Que será tão importante

Que fez Toinho esquecer

Só pode ser fila grande

Já tô pra esmorecer

E já chegou 12 e meia

Nada dele aparecer

E Pretinha chateada

Mas sem querer me dizer

Só disse: não tem almoço

Toinho não vai trazer

Isso me deu uma tristeza

Só mesmo de imaginar

A cara de minhas irmãs

Começando a mangar

Não temos parmegiana

Aqui só tem mungunzá

Alcinete Gonçalves
Enviado por Alcinete Gonçalves em 10/11/2019
Reeditado em 10/11/2019
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