Ele brinca com a bola
Pega a bola,deixa-a cair, corre para pegá-la e a faz rolar pelo chão. Depois de cansado,deixa-a parada em um canto qualquer da casa, toma água e descansa. Essa é a vida do meu cachorro, um animal ativo, hora feroz, sempre veloz e, pelo visto, feliz. Quando chego em casa é uma "festa",pois ele corre de um lado para o outro sem saber o que irá fazer primeiro.
Estive pensando se seria melhor ou não arranjar uma fêmea da raça dele, assim, não se sentiria tão sozinho nos momentos em que não estou em casa. Porém, achei melhor deixá-lo como está, sem companhia, porque quem sabe ele pense em mim nesses momentos. Mas, não é prudente achar que os animais pensam. Eles ,principalmente, agem por instintos e não pela emoção ou razão. No entanto, vê-lo agir com tanta alegria me faz refletir sobre a minha própria vida. Quando foi que fui realmente feliz? Quando me satisfiz mesmo? Pensando melhor, foram raras as oportunidades que dei a mim mesmo.
Algo interessante é que os cães conseguem encontrar razões simples para viverem intensamente e nós, sim, nós, os humanos, que nos julgamos seres pensantes e intelectuais, somos os mais miseráveis seres deste planeta e ainda, para piorar, achamos que podemos dominar sobre os da nossa própria espécie. E foi pensando neste assunto que resolvi mudar minha perspectiva, decidi tomar outro rumo, outra direção. Agora eu levo uma vida pacata e muito feliz, agora levo "uma vida de cão".