SÓ PENA QUE VOOU!

Terminada a Festa da Cana, a qual transcorreu dentro da normalidade de sempre, não tivemos nenhum acontecimento que viesse manchar a sua programação. A não ser um pequeno acontecimento no qual um ex- colega da Minas Caixa foi o personagem principal.

Tudo começou na noite de sexta-feira, primeiro dia da festa. O nosso colega acompanhado de um amigo tomou todas de direito e de esquerdo... Os dois já estavam chamando coruja de “meu louro”, quando lá pelas tantas resolveram ir para casa.Um escorando no outro, atravessaram a ponte, subiram o morro e chegaram à Praça Cônego Lopes.Dali rumaram para as suas casas. O nosso colega ainda teve que subir mais um morro. Isto depois de várias tentativas, pois como não conseguia subi-lo andando para frente, resolveu subir de ré, o que foi bem sucedido. Daí para frente, até chegar à sua casa não foi difícil, pois a rua era reta. Tudo ia às mil maravilhas, quando o dito cujo tropeçou e levou a mão para firmar em uma estaca de madeira que estava fincada à beira da rua, e já estando podre partiu-se, e o nosso amigo rolou por um barranco, enrolado em uns arames farpados que estavam pregados em uma cerca logo abaixo. O coitado não conseguindo desviar-se dos arames gritava por socorro, pois já estava bem arranhado nas pernas e nos braços. Debaixo de sua blusa estava um pulôver cheio de penas de gansos. Um morador vizinho ouviu os gritos e foi socorrer o coitado. Com muito custo conseguiu retirar os arames e arrastar a vítima para o meio da rua.

Depois dos arranjos necessários nas roupas e no cabelo, para amenizar um pouco a bronca da esposa, o vizinho foi com ele até ao portão da casa, quando o mesmo, após muitas tentativas conseguiu abri-lo. Logo que entrou na casa, o pessoal que havia acordado com o barulho do portão, perguntou para ele o que significava aquelas penas grudadas em sua blusa e em sua cabeça.

O nosso amigo, que é muito esperto, respondeu: -Vocês nem imaginam o que aconteceu comigo.Vinha vindo da festa, quando passei em frente à casa do Zé Vicente Braz, um ganso que ele trouxe da roça atacou-me e demorei muito livrar-me dele. Só sei que consegui arrancar dele várias penas. Este ganso é famoso lá no Chopotó, pois ataca todo o mundo...

Sei não! Disse a esposa. Este caso está mal contado... Amanhã irei conferir com o vizinho...

Calambau, 30 de julho de 2019.

Murilo Vidigal Carneiro

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murilo de calambau
Enviado por murilo de calambau em 14/08/2019
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