Paródia do Feirante - EC
Todo dia ele faz tudo sempre igual
Se sacode às três horas da manhã
Na sua luta tem que ser pontual
Só o trabalho serve de talismã...
Todo dia ele diz que se não pagar
(E esses clichês de todo feirante)
Diz que também não vai levar
E martela com a leveza de elefante...
Toda a feira só fica a negociar
Meio-dia, hora de liquidar
Faz bacia para a “dona” levar
E se cala com o bolso a estufar...
Três da tarde, como foi era de esperar
Tudo está ajeitado no caminhão
Diz que tem um tempinho para o bar
E dirige inté o seu portão...
Toda noite ele diz pra apressar o jantar
Meia-noite ele brinca de ser motor
E acorda com o ronco a sufocar
E resmunga que vai no tal doutor...
: - (
( Pequena referência ao Cotidiano de Chico Buarque)
Este texto faz parte do Exercício Criativo - Barraca de Feira
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