Hiiiiii!!!: Prenderam o presidente vampirão.
O caixão abriu só uma fresta, mas foi possível ver os cabelos brancos penteado para trás e sentir o cheiro de carne podre que exalava de seu corpo. Ele vestia terno de cor clara e usava gravata roxa, tinha terra grudada nos sapatos e também caindo nas calças, à imagem era assustadora.
Sentou-se no acolchoado do caixão, esticou os braços magros para o lado e espreguiçou-se. A esposa de cabelos loiros e olhos verdes se aproximou dando-lhe um beijo no rosto e lhe ofertando um copo de sangue. Sentado há poucos metros estava o filho, brincando com um bonequinho barbado, ele espetava uma espécie de alfinete enquanto gargalhava.
O vampirão bebeu o sangue num só gole. O liquido viscoso escorria no canto da boca e um sorriso de satisfação emergia de seu rosto. De repente batidas na porta. Era dia e não podiam abrir as janelas, pois a luz do sol mataria a todos. Medo e angustia. O vampiro estava prestes a se dar mal.
Seis homens vestidos de preto, munidos de água benta e colar de alho surgiram na porta. Ainda repousado em seu caixão o vampirão se protegia com a capa dos raios solares. Sua mulher parecia uma estatua de tão assustada que estava; o filho pequeno correu e escondeu o bonequinho barbudo dentro de seu pequeno caixão.
Algemas, voz de prisão. O presidente vampirão estava preso. Até quando não se sabe.