Era Uma Vez Um Paraíso Chamado Brasil ( Parte I)

Há algum tempo atrás, em algum recanto bem afastado deste nosso planeta, lá pelas bandas do hemisfério sul, existia um imenso continente ainda desconhecido da humanidade. Mas não se tratava apenas de uma simples extensão de terra como tantas outras já conhecidas, pois lá existiam grandes cordilheiras de montanhas cobertas por um imenso manto verdejante que geralmente tinham as suas bordas circundadas por belíssimos vales que, por sua vez, eram entrecortados por centenas de riachos e rios de águas tão límpidas e cristalinas que bem se poderia considerar como a obra-prima do Criador, pois era a visão do Paraíso.

A vida silvestre fervilhava naqueles vales, assim como também nas pradarias e nas matas, existindo por lá uma grande variedade de animais e aves de várias espécies, cores e tamanhos, sendo que também existia naqueles rios, riachos e lagoas, uma grande variedade de peixes e outros animais marinhos.

A beleza daquela região era tão exuberante que poderia ser comparada a um dos mais raros e belos diamantes jamais vislumbrados pelos olhares de um ser humano; uma belíssima joia encravada na coroa da mãe natureza.

Mas eis que a humanidade, sob a desculpa de estar cumprindo a promessa do Criador, acabou povoando quase todo o planeta.

Muitos séculos se passaram sem que aquela parte do planeta fosse descoberta pelo homem. Mas com o passar do tempo o homem foi evoluindo e com a sua evolução natural foram surgindo novas e importantes invenções até que, graças a uma das mais importantes delas; a navegação, um belo dia o homem conseguiu colocar seus pés naquele Jardim do Éden.

Abro aqui um pequeno parêntesis para registrar uma das mais hilárias controvérsias que existem a respeito da invenção da navegação. Alguns pseudo-historiadores afirmaram ‘de pé junto’, que os verdadeiros ‘inventores’ da navegação não foram nem os egípcios nem os assírios, mas sim apenas uma pessoa. E esta pessoa em questão seria um gajo, oriundo de um pequeno país da Europa. O tal gajo se considerava muito esperto e certa vez, quando tentava ‘pela milésima vez’ trepar em uma bananeira que estava em um barranco à beira de um riacho, para pegar algumas bananas que estavam maduras, acabou se desequilibrando e caindo nele, agarrado à bananeira que com o seu peso acabou se desprendendo e caindo junto com ele. E foi naquele momento de desespero que ele, inconscientemente agarrou-se fortemente ao tronco daquela bananeira, ficando aliviado ao constatar que, graças a aquele tronco de bananeira, ele não afundou, não se afogando já que não sabia nadar. Uma alegria incomensurável invadiu o seu ser quando pode perceber que flutuava serena e mansamente por aquelas aguas nunca dantes navegadas...

E por se achar um gajo muito inteligente, decidiu não comentar logo com os seus amigos aquela sua descoberta até que pudesse encontrar uma boa explicação para o fato de um tronco tão pesado como aquele não afundar.

Depois de algum tempo ele resolveu não mais ‘queimar a mufa’ tentando desvendar aquele mistério e, dando asas à sua fértil imaginação ou, segundo ele mesmo disse; graças à sua inteligência, ele acabou ‘inventando’ a primeira balsa de que se tem notícia na história da navegação.

É bom que se diga que a tal balsa era, na verdade, aquilo que por aqui, principalmente pelo nordeste do nosso País, costumamos chamar de jangada... Bem, o fato é que, de lá para cá, devido a evolução natural, chegamos hoje a esses gigantescos transatlânticos que dominam todos os mares.

Penso ser muito importante esta pequena inserção para exemplificar que, tal qual a importância que teve aquele ‘fato extraordinário’ no episódio da invenção da balsa, que foi o tombo daquele gajo, para a evolução da navegação, assim também não foi simplesmente por puro acaso, como costumam dizer os nossos historiadores, mas sim foi também por um ‘fato extraordinário’ que justamente alguns navegadores conterrâneos deste ‘grande inventor’, foram os primeiros homens a colocar seus pés neste nosso imenso e outrora maravilhoso paraíso chamado Brasil.

E foi assim que aconteceu: Um belo dia um grupo de navegadores puseram-se ao mar com suas caravelas com o intuito de aportar em uma terra bem distante do seu país; tinham como objetivo, buscar algumas especiarias.

ERCalabar
Enviado por ERCalabar em 15/03/2019
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