Deus é fiel!
O ano é 1999. O fim do segundo milênio depois de Cristo se aproximava. Alguns amigos proseavam na clássica Rua Mecânica de São Gonçalo-PB, onde o tempo passava devagar até mesmo para os padrões interioranos. O sol era típico da primavera sertaneja. Ainda era manhã, mas o calor já mostrava suas garras, o que obrigava a turma a se abrigar em frondoso pé de manga, robusto em folhas e escasso em frutos.
Em dado momento, o pessoal avista Carminho, jovem morador local, que se aproximava do grupo. Logo, iniciaram uma acalorada discussão sobre a alfabetização (ou analfabetismo) de Carminho. Alguns juravam que Carminho era analfabeto. Outros, não acreditavam que pudesse haver um jovem iletrado àquela altura.
Ao chegar, sem nada entender, Carminho é submetido a um rigoroso teste de alfabetização, com o intuito de dissipar quaisquer dúvidas referentes a sua escolaridade.
Desse modo, Raimundo pede a Carminho que efetue a leitura de um letreiro de um automóvel branco estacionado, em que consta o nome das duas filhas do proprietário do veículo.
Com o peito estufado e demonstrado enorme autoconfiança, Carminho não hesita:
- Deus é fiel!
Não mais restaram dúvidas...