A letra
Nossa língua tem u’a letra
Intrometida e infiel,
traiçoeira e dissimulada.
Quando pensas dominá-la,
disfarça e não te dá bola.
Ela é bonita e tem xodó,
mas é xereta que ela só.
Em exame ela desliza,
mas tropeça e quase cai
quando está excitada.
Exímia em te pregar peças
Oxalá dela te livres
Ixe! Oxossi me salve!
De enxergá-la em meus textos,
esta axiomática excomungada.
Não se dá co’as companheiras
Do Ch faz pouco caso
Do Z, ri exagerada
Do C cedilha, nem tanto.
Mas o Cs, o coitado,
tem que lhe aguentar o tranco
Não sei de quem é a culpa
de armar esta confusão.
De Camões a Antonio Vieira
De Herculano, Eça ou Elesbão
Que até hoje ninguém explica
onde está o X da questão.
Nossa língua tem u’a letra
Intrometida e infiel,
traiçoeira e dissimulada.
Quando pensas dominá-la,
disfarça e não te dá bola.
Ela é bonita e tem xodó,
mas é xereta que ela só.
Em exame ela desliza,
mas tropeça e quase cai
quando está excitada.
Exímia em te pregar peças
Oxalá dela te livres
Ixe! Oxossi me salve!
De enxergá-la em meus textos,
esta axiomática excomungada.
Não se dá co’as companheiras
Do Ch faz pouco caso
Do Z, ri exagerada
Do C cedilha, nem tanto.
Mas o Cs, o coitado,
tem que lhe aguentar o tranco
Não sei de quem é a culpa
de armar esta confusão.
De Camões a Antonio Vieira
De Herculano, Eça ou Elesbão
Que até hoje ninguém explica
onde está o X da questão.