AGRADANDO OU NÃO A QUEM AMA
Inocência dos tempos juvenis
Primaveris tempos
Quantos mimos! Quantos carinhos! Quantos afagos!
Dos doces agrados a que s’esculpem entre os que se amam
Mais tarde, quanta precisão e esforço se fazem em nome da paz
(a que se perde por tão pouco!)
Ah, no princípio talvez, quem sabe, somente rosas ou mesmo bombons
Pela oferenda que, portanto à namorada lhe faz
E como a agrada!
Ao que cada um, porém, vive em sua própria casa
Depois, uma vez casados (a habitarem o mesmo teto)
Basta apenas dar descarga e abaixar a tampa do vaso
E como el’aprecia sua dádiva d’agora!
Ao que destarte, prova maior de amor não há para a su’amada
Mas, que ele jamais s'esqueça:
Respingar nas bordas do devido assento... oh, nem pensar!
A não ser que prefira vê-la diante de si... armada!
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22 de novembro de 2018