O Chifrudo
Aderbal Musgo era comandante de avião e, por isso, estava sempre viajando. Raramente Aderbal parava em casa, por isso quase não transava com sua mulher, Valdinete. Mas ela não sentia falta, porque transava com o entregador de pizza, com o eletricista, o porteiro… enfim, a mulher de Aderbal era como um Shopping aberto 24 horas! Era só chegar e... transar! Aderbal não sabia de nada, mas sua cabeça tinha mais chifre de corno do que folha em árvore, na primavera.
Porém, isto ia mudar, com a carta anônima que foi parar em suas mãos. Eis o que ela dizia:
Aderbal, abre o olho rapaz! Sua mulher é uma verdadeira Messalina, uma puta com “p” maiúsculo!
Ela transa com todo mundo! Você merecia coisa melhor, meu jovem!
Assinado: Uma pessoa que gosta muito de você!
Após ler a carta, Aderbal Musgo abriu um sorriso. Para chamar ele de jovem só podia ser a síndica do prédio, dona Florinda, que sempre o chamava assim. Mas ele não sorriu por ter descoberto a identidade da autora da carta, nem por achar graça da própria desgraça. Não mesmo. Ele sorriu porque também traía sua mulher, mas com outros homens! É como diz o velho ditado: chumbo trocado não dói!
FIM