Azar de Lazão...?
Lazão era um moço bom, filho de e temente ao Criador, porém de figura, sobretudo pela caradura, de feiúra, era a mais pura. E não se queixava contudo, ao menos em público, pois na Abadia, aglomeração em que vivia, todo mundo o conhecia e, fazer cara brava, temia, mais ainda o enfearia.
Pecado mesmo não consta que houvesse cometido nem antes ou depois de nascido para ser, de rosto e resto, tão punido e tão mal-resolvido...
Um belo dia - só o dia é que tinha essa distinção, de poder variar conforme a ocasião... - Lazão viajou para a vizinha cidade do Abaeté para resolver uns problemas cartoriais. Tudo aprontado, Lazão foi para a praça principal da cidade, onde se arranchou em um banco, enquanto esperava o horário do ônibus que o traria de volta à sua Abadia.
Mas mal sentou sob uma frondosa árvore, sua figura tanta curiosidade gerou que, sem jeito, não teve como conter lágrimas que lhe desciam pelo rosto...
Compadecida, uma piedosa senhora aproximou-se e puxou conversa, perguntando a razão do pranto. Lazão não precisou muita explicação, estava tudo tão estampado...seu rosto, feito Lula, passou a ser de todo mal o culpado...
A mulher na tentativa de o acalmar, lhe disse com toda segurança: há gente muito menos aquinhoada do que o senhor, pode estar certo, eu mesmo não conheço, mas ouvi falar que aqui pertinho de nós no povoado da Abadia, que de monstruosidade o verdadeiro campeão, e de lá cidadão, é um tal de Lazão...