Fé de mais ou fé de menos?
O ESPÍRITO É UMA LUZ
Dizem os entendidos nessas questões de espírito, alma, chama vital ou coisa semelhante, que é tão somente a nossa mente que “veste” o espírito ou alma, porque, na verdade, os espíritos são apenas partículas de luz, emanadas da Fonte Maior, que é Deus. Em outras palavras, quando a gente pensa numa pessoa que já morreu, se a “luz” puder comunicar-se conosco, nós a veremos com a aparência que a pessoa tinha na vida física simplesmente porque essa é imagem dela que permaneceu na nossa mente.
Isso é o que dizem, pois, para ter certeza, é necessário passar para o “outro lado" – e, vixe, sendo assim, faço questão de permanecer ignorante na matéria.
Mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que, numa sessão espírita, de repente, faltou energia elétrica. Na escuridão, uma luzinha ia e vinha, por cima das cabeças dos assistentes, despertando as mais vivas emoções. Muitos perguntavam:
- Quem seria aquele espírito? Seria o guia espiritual do centro?
Quando a energia voltou, havia quem chorasse, havia quem rezasse, mas todos se sentiam tocados por uma divina luz.
Reiniciada a sessão, comunicou-se uma respeitável entidade espiritual, que assim falou:
- Meus irmãos, todos os seres do Universo são nossos irmãos. Abençoemos, pois, o irmãozinho vaga-lume que nos veio fazer uma visita há poucos instantes..
O CORPO DO HOMEM
A santa avozinha do menino não perdia uma missa, confessava-se e comungava quase todas as manhãs. Um dia, ela resolveu explicar-lhe o sacramento da missa – tarefa inútil, pois há muito que ele já havia decidido que igrejas só serviam para as peladas de futebol e as paqueras com as menininhas – mas fingia ouvir com atenção:
- Meu filho, o vinho significa o sangue de Cristo, derramado pela nossa salvação, e a hóstia consagrada, o corpo de Cristo.
- Então, hoje, a senhora não bebeu o sangue de Cristo, porque o padre não o divide com ninguém, não é mesmo? Mas, e o corpo vó, qual foi a parte do corpo do homem que a senhora engoliu?
E teve que se escafeder, rápido, porque a santa avozinha já se levantava, com um porrete nas mãos:
- Deixa eu te pegar, cão, que vou te moer de pancada!