RIO, QUEM TE VIU QUEM TE VÊ - Parodiando Chico Buarque - versão atualizada
GENTE HUMILDE
Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
de não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar.
RIO, QUEM TE VIU QUEM TE VÊ - Jogon Santos
Tem certos dias
em que vejo pela frente
Um vagabundo
querendo me assaltar
Sem esperar
isso acontece de repente
Sem que eu
não tenha tempo de escapar
Isso ainda
é pior lá no subúrbio
Pr' onde de trem
nem se pode viajar
Porque é muito
camelô vendendo tudo
De caminhoneiros
que acabaram de roubar
E aí eu fico
é com raiva dessa gente
Que ignora
e finge não saber
Se está barato
lhes é indiferente
Querendo é mais
ver o roubado se fuder
As casas simples
com cadeiras na calçada
Hoje em dia isso
já não mais se vê
Cheias de câmeras
e alarmes equipadas
Para tentar
assaltante reconhecer
Pela varanda
cercas de arame farpado
Tentam impedir
a bandidagem de entrar
Aí me dá
uma tristeza no meu peito
Pois não tem jeito
não se tem em quem votar
Por isso odeio
político ou candidato
E partidos
que só querem se arrumar
Porque sabem
que quem hoje é condenado
Tem um juiz
já bem comprado pra soltar
Jogon Santos