Decassílabo revoltado!

No crepitar dos fogos e incessantes urros,
cambalhota o "Pinguço" sem a aguardente;
sem a aura de outrora e já descrente,
capitula o douto "encantador de burros".

Nas ruas o povo eufórico e suarento
rufa ruidoso refrão ao reincidente,
multiplica-se em coro e mais que de repente;
quer um forte nó, e vertical julgamento!

Sem as garrafas da aura da vaidade
acinzenta-se a retina de tristeza 
ao sentir o amargo sabor da pobreza;
é hora de expiação da iniquidade.

Mais eis que lhe coube a cela VIP da nobreza,
permanece a turba e a insanidade,
debocha a justiça em escárnio à sociedade,
perpetuam-se os togados na realeza!

Mas o  SUPREMO POPULAR contesta os infames;
insita o ódio contra a insidiosa raça
de conluio c'oa "constituição de trapaça"
na interpretação da lei aos seus ditames.

Podres poderes que apenam putas e pobres,
travestidos na azeda toga de azeviche
da "salutar"lei cega que ainda persiste
ser politicamente elástica e nobre.