Veja porque eles são o cúmulo do cinismo
Humor para rir, ou será para chorar?
Bem, procure chorar de rir, ao invés de chorar de raiva.
Um conhecido deputado saía sorrateiramente por detrás de um chiqueiro carregando um suíno sobre as costas, quando foi surpreendido por um lavrador, que excepcionalmente naquele dia, resolvera passar por aquelas bandas.
_ Nossa! O senhor por um acaso é o famoso ladrão de porcos, que vem roubando toda a criação dos sitiantes dessas redondezas?
Sem nenhuma hesitação o político respondeu:
_ Está enganado, rapaz, não sei de porco algum.
Surpreso, o trabalhador rural insistiu, apontando o dedo para as costas arqueadas do interpelado:
_ Ora, aí o porco nas suas costas, homem! E o deputado retomou a palavra:
_ Meu Deus, olha só isso! Nem tinha reparado. Como é que esse bicho imundo veio parar nas minhas costas? Xô, porquinho, xô!
O assessor do deputado foi filmado saindo de uma churrascaria carregando uma mala cheia de dinheiro, e em depoimento na delegacia, depois de ter sido pego em flagrante, acabou confessando que a mala era para ser entregue ao deputado Chico Mão Grande.
Intimado a prestar esclarecimentos, o político esclareceu que realmente pedira a seu assessor que lhe comprasse uma mala nova, mas, que nada podia informar sobre o dinheiro encontrado na mala. “Eu só pedi a mala”.
O deputado passou a mão na mala, a fim de retomar sua encomenda, porém, o delegado o advertiu:
_ Perdão, Vossa Excelência, mas o dinheiro ainda está aí.
_ Verdade? Ah, agora que o senhor mencionou, bem que eu notei que essa malinha parece que tá um pouquinho pesada.
O carro da vereadora do partido ultraconservador, candidata à reeleição, ficou parado bem no meio de uma manifestação de um grupo do movimento LGBT. Diante da recusa dos manifestantes em abrir passagem para o automóvel que levava a representante do povo, os policiais se prepararam para dispersar a militância a golpes de cassetetes.
Ora, foi aí que um pequeno pedaço de papel arremessado do meio da turba, veio a pousar bem no colo da vereadora, sentada no banco traseiro do carro. No bilhete improvisado, a mulher séria e assustada leu “se a nobre vereadora e candidata conseguir tirar a gente dessa parada, pode contar com o nosso voto, nesta e em qualquer outra eleição”.
Admirada da excelente pontaria da autora do bilhete, uma militante espichada e magricela, segundo o motorista do veículo pudera identificar, a vereadora saltou do carro e indo ao encontro da militante magricela, abraçou-a e tascou-lhe um beijo de amor cinematográfico. Em seguida pronunciou estas célebres palavras:
_ Nenhum policial truculento irá tocar em um único fio de cabelo da minha amada companheira e dos amigos dela. Eu estou aqui para garantir o nosso direito de se manifestar dentro da paz e da ordem democrática. Viva o amor sem preconceito; viva o respeito à diversidade!
_ Viva! _ Replicou a multidão em esfuziante entusiasmo.
No corpo a corpo com os eleitores, o postulante ao Senado Federal abraçou-se com um ilustre desconhecido e indagou com uma voz emocionada:
_ Olá, meu amigo, como vai o seu pai?
_ Meu pai já morreu, doutor. No que o candidato logo respondeu:
_ Morreu pra você, seu ingrato. Para mim ele continua vivo no meu coração.
NOTAS: 1) o repórter da rádio Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade, conta que a anedota transcrita logo acima é velha conhecida nos bastidores do Congresso Nacional. 2) por se tratarem de anedotas, cujas origens são quase sempre desconhecidas, o autor age com certa liberdade na criação dos textos apresentados. Assim, uma anedota pode ser recontada inúmeras vezes, modificando-se certos aspectos da narrativa, sem que, entretanto, sua estrutura básica seja modificada.