MÁRTIR TERRORISTA
Estava cá pensando, os chamados "homens-bomba" se explodem felizes da vida esperando pelas 72 virgens que supostamente irão ganhar no além, muito legal, admitamos como possibilidade. Mas e as mulheres? Ganham o quê? De tanto pensar nisso, imaginei um diálogo:
E eis que está Alá, bastante atarefado, recebendo às portas do Paraíso Muçulmano os novos mártires.
- Salim, vá àquele balcão, tire uma senha e, na sua vez, pegue a autorização, a entregue ao Maomé e ele liberará as virgens a que você fez jus. Vá em paz. Próximo! - berra.
Depois do Salim entra o Mohammed e é atendido da mesma forma. A seguir o Mahmoud, o Haziz, o Hussein, o...
- Senhor Deus, sou a mártir Chiqueba. Explodi um mercado e matei seis cruzados*, além de uns trinta outros que não conheço. Nem sei quantos feridos...
Alá nem olha, estranha um pouco a voz mas, mesmo admirado, se limita a dizer:
- Minha nossa, isso é que é fazer Jihad! Fale com o Maomé e ele vai liberar imediatamente as suas virgens. Próximo!
A pessoa não se move, apenas diz, soando algo confusa:
- Mas peraí, Senhor meu Deus, o que eu vou fazer com setenta e duas virgens? Eu mesma sou uma...
Alá, ainda sem olhar, pois consulta relatórios sobre o estoque restante de virgens:
- O que vai fazer com...? Oras, o que todo homem faz.
- Mas Senhor Deus, eu não sou homem, sou mulher!
Desligando-se dos relatórios, Alá olha bem para a jovem. "Cara, num é que é mulher mesmo?"
- É, tem razão. O que deseja por sua bela obra?
- Não sei, ó Poderoso! Pensei que o Senhor...
Alá olha em volta, vê Maomé se segurando para não dar risada e começa a se enfezar:
- Mas não é mole mesmo, sempre tenho que resolver tudo por aqui! Tá bão, você tem direito a setenta e duas belas jovens virgens e não o pode exercer por ser mulher. Vou resolver isso agora: VIRE HOMEM!
E a jovem se transforma em homem. Sente um volume estranho lá embaixo. Sente falta dos volumes que tinha em cima. Sente pelos por todo o corpo, inclusive uma enorme barba no rosto e tufos nas axilas. Sente vontade de beber cerveja e discutir futebol. Dá um peido e um arroto em sequência. Então começa a chorar. Alá:
- Ai meu Deus...hum, não...ai meu Eu, o que foi agora?
- Ó Senhor Onipotente, foi para isso que matei e morri tão jovem? Continuo gostando de homens, o Senhor me transformou num gay!
E tome choradeira, agora em volume bem mais alto e pior, em tom mais grave. Alá, alá-rmado:
- Gay não, gay não, que aqui é pecado! - e olha nervosamente em volta. Maomé já está verde, mal suportando a vontade de se esgoelar dando risada do embaraço do Chefe.
- Então o que eu... - diz Chiqueba, aos soluços.
- Mas eu não sei mais o que fazer, inferno!
- O Senhor está blasfemando - observa a/o jovem mártir.
- Blasfemo o quanto quiser, estou na Minha Casa!
- Mesmo em Vossa Casa ainda tenho o meu direito, eis que cumpri meu dever... - diz ela/ele, suavemente, um leve sorriso, enquanto enxuga as lágrimas que sobraram e recobrem a recém adquirida barba. Alá:
- Já sei: VIRE MULHER DE NOVO!
E a jovem volta a ser mulher, igualzinha a antes.
- Agora escolha logo o que quer ou te mando pro inferno!
- Senhor, mulheres odeiam tomar decisões, ainda mais sem bastante tempo pra pensar e desabafar com as amigas, então...
- PQP, assim num dá! Faz o seguinte, vou te mandar de volta para a terra e se resolva por lá, porra! - Alá está bufando de raiva. Maomé já se agachou atrás do balcão, pois não tem mais como segurar o riso.
- Vou explodir mais uns cruzados* e aí o Senhor vai ter mesmo que decidir - ela está realmente insinuante agora, sorriso de triunfo a lhe dançar nos lábios.
- Por Cristo, mulher...não, Cristo não...por...por...PQP, por seja lá quem for, o que diabos eu faço?
- Já disse, Senhor, odiamos tomar decis...
- Então tá: está vendo aquele elevador ali?
- Estou sim, meu Senhor.
- Pois entre nele.
Ela obedece.
- Aperte o único botão que tem aí.
Ela aperta e vai parar no inferno, para desespero do diabo (aliás diaba), que imediatamente telefona pela linha direta:
- Escutaqui, cara, qualé a tua? Tu sabe muito bem que aqui é o Inferno Muçulmano, só tem homem penando e uma mulher - eu, seu FDP, eu, tua ex, que te meteu o pé na bunda, um monte de chifre na cabeça e te tomou metade de tudo - mandando neles todos; vem cá, tu anda bebendo de novo? Será que vou ter que chamar o advogado do divórcio**?
Alá respira fundo. Sabe que não adianta discutir com sua "ex", então:
- Querida, hoje mesmo vou inspirar todos os Aiatolás, Imãs e Mulás em sonho: quem me mandar outro mártir mulher vai vir para cá como virgem para os mártires! Saco mesmo... - e bate o telefone na cara dela.
Então o diabo - aliás, diaba - olha para a assustada Chiqueba:
- Bem, e agora, o que vou fazer com você?
* Cruzados - É como os guerrilheiros e terroristas muçulmanos chamam os soldados ocidentais.
** Alá se lembrou da vez anterior (divórcio), passou milênios procurando no Céu e não achou advogado nenhum, estavam todos "lá embaixo".
Estava cá pensando, os chamados "homens-bomba" se explodem felizes da vida esperando pelas 72 virgens que supostamente irão ganhar no além, muito legal, admitamos como possibilidade. Mas e as mulheres? Ganham o quê? De tanto pensar nisso, imaginei um diálogo:
E eis que está Alá, bastante atarefado, recebendo às portas do Paraíso Muçulmano os novos mártires.
- Salim, vá àquele balcão, tire uma senha e, na sua vez, pegue a autorização, a entregue ao Maomé e ele liberará as virgens a que você fez jus. Vá em paz. Próximo! - berra.
Depois do Salim entra o Mohammed e é atendido da mesma forma. A seguir o Mahmoud, o Haziz, o Hussein, o...
- Senhor Deus, sou a mártir Chiqueba. Explodi um mercado e matei seis cruzados*, além de uns trinta outros que não conheço. Nem sei quantos feridos...
Alá nem olha, estranha um pouco a voz mas, mesmo admirado, se limita a dizer:
- Minha nossa, isso é que é fazer Jihad! Fale com o Maomé e ele vai liberar imediatamente as suas virgens. Próximo!
A pessoa não se move, apenas diz, soando algo confusa:
- Mas peraí, Senhor meu Deus, o que eu vou fazer com setenta e duas virgens? Eu mesma sou uma...
Alá, ainda sem olhar, pois consulta relatórios sobre o estoque restante de virgens:
- O que vai fazer com...? Oras, o que todo homem faz.
- Mas Senhor Deus, eu não sou homem, sou mulher!
Desligando-se dos relatórios, Alá olha bem para a jovem. "Cara, num é que é mulher mesmo?"
- É, tem razão. O que deseja por sua bela obra?
- Não sei, ó Poderoso! Pensei que o Senhor...
Alá olha em volta, vê Maomé se segurando para não dar risada e começa a se enfezar:
- Mas não é mole mesmo, sempre tenho que resolver tudo por aqui! Tá bão, você tem direito a setenta e duas belas jovens virgens e não o pode exercer por ser mulher. Vou resolver isso agora: VIRE HOMEM!
E a jovem se transforma em homem. Sente um volume estranho lá embaixo. Sente falta dos volumes que tinha em cima. Sente pelos por todo o corpo, inclusive uma enorme barba no rosto e tufos nas axilas. Sente vontade de beber cerveja e discutir futebol. Dá um peido e um arroto em sequência. Então começa a chorar. Alá:
- Ai meu Deus...hum, não...ai meu Eu, o que foi agora?
- Ó Senhor Onipotente, foi para isso que matei e morri tão jovem? Continuo gostando de homens, o Senhor me transformou num gay!
E tome choradeira, agora em volume bem mais alto e pior, em tom mais grave. Alá, alá-rmado:
- Gay não, gay não, que aqui é pecado! - e olha nervosamente em volta. Maomé já está verde, mal suportando a vontade de se esgoelar dando risada do embaraço do Chefe.
- Então o que eu... - diz Chiqueba, aos soluços.
- Mas eu não sei mais o que fazer, inferno!
- O Senhor está blasfemando - observa a/o jovem mártir.
- Blasfemo o quanto quiser, estou na Minha Casa!
- Mesmo em Vossa Casa ainda tenho o meu direito, eis que cumpri meu dever... - diz ela/ele, suavemente, um leve sorriso, enquanto enxuga as lágrimas que sobraram e recobrem a recém adquirida barba. Alá:
- Já sei: VIRE MULHER DE NOVO!
E a jovem volta a ser mulher, igualzinha a antes.
- Agora escolha logo o que quer ou te mando pro inferno!
- Senhor, mulheres odeiam tomar decisões, ainda mais sem bastante tempo pra pensar e desabafar com as amigas, então...
- PQP, assim num dá! Faz o seguinte, vou te mandar de volta para a terra e se resolva por lá, porra! - Alá está bufando de raiva. Maomé já se agachou atrás do balcão, pois não tem mais como segurar o riso.
- Vou explodir mais uns cruzados* e aí o Senhor vai ter mesmo que decidir - ela está realmente insinuante agora, sorriso de triunfo a lhe dançar nos lábios.
- Por Cristo, mulher...não, Cristo não...por...por...PQP, por seja lá quem for, o que diabos eu faço?
- Já disse, Senhor, odiamos tomar decis...
- Então tá: está vendo aquele elevador ali?
- Estou sim, meu Senhor.
- Pois entre nele.
Ela obedece.
- Aperte o único botão que tem aí.
Ela aperta e vai parar no inferno, para desespero do diabo (aliás diaba), que imediatamente telefona pela linha direta:
- Escutaqui, cara, qualé a tua? Tu sabe muito bem que aqui é o Inferno Muçulmano, só tem homem penando e uma mulher - eu, seu FDP, eu, tua ex, que te meteu o pé na bunda, um monte de chifre na cabeça e te tomou metade de tudo - mandando neles todos; vem cá, tu anda bebendo de novo? Será que vou ter que chamar o advogado do divórcio**?
Alá respira fundo. Sabe que não adianta discutir com sua "ex", então:
- Querida, hoje mesmo vou inspirar todos os Aiatolás, Imãs e Mulás em sonho: quem me mandar outro mártir mulher vai vir para cá como virgem para os mártires! Saco mesmo... - e bate o telefone na cara dela.
Então o diabo - aliás, diaba - olha para a assustada Chiqueba:
- Bem, e agora, o que vou fazer com você?
* Cruzados - É como os guerrilheiros e terroristas muçulmanos chamam os soldados ocidentais.
** Alá se lembrou da vez anterior (divórcio), passou milênios procurando no Céu e não achou advogado nenhum, estavam todos "lá embaixo".