POEMA DO AMOR PERDIDO

Ela era para mim o que nunca foi,

Chegou numa tarde fria, rindo sem graça.

Apresentou um amor, ah! Que nunca existiu,

De mãos dadas viveu comigo uma trapaça.

Os beijos além de frios foram poucos,

Silêncios sepulcrais pairavam no ar tétrico,

Creio te com ela vivido um amor pavoroso.

Tínhamos na verdade contatos quilométricos.

A parentada era de dar azia em sonrizal,

Descia pro almoço e comia feito frieira,

Só Paravam de mascar no que acabava tudo.

Depois iam pro botequim entrar na bebedeira.

E gostavam de pegar grana emprestado,

E pra pagar? Rá! Era uma vida inteira,

Seria melhor não cair na besteira de cobrar

Pra não acabar em pancadaria e quebradeira.

Mas voltando à consorte sonsa e até insonsa,

A Quem tinha o titulo de Rainha da preguiça,

Fanzoca do Recruta zero, por motivos óbvios,

Se juntos podiam muito bem encher linguiça.

Dormia de dia pra roncar e do maior. Aliás, lá.

Já era peça de seu corpo o controle da TV,

Esbaldava no sofá uma tarde inteira, era o diabo.

Se levantasse, a marca ficava lá, dava pra ver.

Mas atendendo a cigana, encontrei um rábula,

E disse ou saio desse enrascada ou ela me seca.

Detonei um litigioso com polícia e quebra pau.

Sai da vida dela mas levei só a minha cueca.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 30/01/2018
Reeditado em 30/01/2018
Código do texto: T6240801
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