Medo, muito medo.

Estamos na véspera de uma eleição emblemática no Pais.

Vivemos um processo de degradação moral, inédito pela abrangência demonstrada nos círculos políticos mais expressivos da nossa história administrativa.

Nossos caciques e coronéis estão condenados e/ou presos (a minoria), e espero que as punições sejam feitas. Nossas altas instâncias de justiça estão desacreditadas, posto que seus representantes foram sempre indicados pelos poderosos envolvidos em escândalos, e não cospem no prato em que comeram.

Excetuando algumas ações levadas a efeito por juízes de primeira instância, como a Lava-Jato, ações estas contestadas por membros da mais alta côrte judiciária, o STF, lar dos indicados sistematicamente por governos que desafiam a Lei, apenas servem para iludir o povo de que a Justiça, essa senhora gorda, cega, surda, muda e vagarosa da fantasia popular será um divisor de águas na sociedade.

Essa introdução serve de pretexto para o título dessa digressão.

Medo, pois a situação nos remete à pesquisa de como os ditadores chegam ao poder.Nossa história de processos ditatoriais instalados na história recente dos último anos mostra que os ditadores chegam ao poder sempre de forma semelhante.

Vejamos, apenas para citar alguns, por exemplo, a trajetória de Hitler, Stalin, Pol Pot, Papa Doc Duvailier, Hugo Chavez, Fidel, Saddam, Idi Amin, King Jon Il, Nicolás Maduro, apenas para citar alguns.

Suas ascensões foram baseadas nos mais democráticos princípios para com seu povo.

Emblemático é o caso de Hitler, um obscuro cabo, austríaco, revoltado com a situação de miséria e opressão do povo alemão pós primeira guerra. Depois de um movimento fracassado (Putsch), preso com alguns amigos, escreveu o libelo Mein Kampf (Minha Luta) e criou o partido Nacional Socialista (Nazismo), culpando os comunistas, depois os judeus, homossexuais, negros, enfim todos os que considerava responsáveis pela miséria do povo. Deu no que deu. Uma guerra mundial que dividiu o mundo, e um massacre sem precedentes contra a etnia judaica.

Os demais citados fizeram o mesmo com perseguições internas aos que se opunham ou representassem ameaça ao seu poder.

Para não alongar demais as explicações, nós também tivemos nossos ditadores, Vargas, por exemplo, e até a tomada do Poder pelos militares em 64, apoiados pelo poder imperialista americano, temeroso do avanço comunista/socialista na sociedade, aqui e em outros países sul-americanos. Assim como temos alguns atualmente na Venezuela, Cuba, etc. Isto se deveu à chamada Guerra Fria, um embate pelo Poder entre o capitalismo americano e o comunismo soviético pelo controle da hegemonia política mundial. Ambos os sistemas se mostraram falhos.

Hoje vemos uma tentativa de manipulação das massas pela mídia, corrupta e corrompida pelo poder econômico, pelas mentiras e ilusões propagadas pelas redes sociais, e chegamos ao X da questão do título.

Estamos tão necessitados de salvadores da Pátria que apoiamos ex militares nas casas legislativas, médicos midiáticos, apresentadores populares/populistas, caciques/coronéis de quatro costados, palhaços, meninos birrentos, defensores(as) de comunidades guerrilheiras, ativistas de gênero, pretensos formadores de opinião interessados em promover mais e mais divisão entre a população, direitistas de fachada cujo interesse é se apropriar do erário, da caneta julgadora e eliminadora dos opositores.

Nenhum dos atuais pretendentes merece meu respeito, por enquanto.

Até que apresentem soluções viáveis e plausíveis. Ai então vamos analisar.