Correção sertaneja
Um senhor de engenho e de votos, por coronel tratado, recebeu a visita de engenheiro em sua propriedade para implantar projeto de irrigação, e o hospedou.
A mulher do coronel engraçou-se com o hóspede mas manteve tudo no maior sigilo. Que só foi descoberto quando o visitante já havia partido, a cavalo, para a cidade onde ia pegar um trem pra capital.
Furioso, o marido corneado encomendou ao seu capataz, um afrão de quase dois metros de altura, e outras correspondências que fosse atrás, a galope e aplicasse um corretivo no galante-tratante como melhor entendesse.
Alcançado, e dominado, e já de calças arreado, o engenheiro, subjugado, pediu clemência:
- Ô meu amigo, por caridade, num dá nem pra passar um cuspezinho pra aliviar não?
Ao que o capatraz respondeu com toda macheza que lhe era peculiar:
- Ô safado, isso aqui num é diversão não, é castigo, e do bão...