SURURU EM CORNÓPOLIS
-Eu não sou CORNO!!!- gritou um novato morador de Cornópolis na praça principal para desesperos de todos. Minutos depois, o logradouro público estava lotado de pessoas para ouvir aquela declaração maluca.
-Quem é ele?- gritou um morador abestado com o grito do sujeito.
-Sei lá!!!- rebateu o outro.
-Eu não sou CORNO!!!- continuou desafiando o indivíduo a sociedade cornífera.
-Não vai acabar bem. Berrou um "peruca de touro"já desesperado com tal impropério.
Foram chamar o delegado-o maior chifrudo da cidade- que veio com sua guarnição.
-Eu sou o delegado da cidade.Rapaz, o que foi que você disse?
-Disse que não sou Corno!!!
Querendo amenizar a situação do novato morador o policial de maior patente do local chega no ouvido do homem e aconselhou:
-Diga que é um corno chinfrim que eu quebro seu galho.
A situação piorou:
-Quem tem galho é corno!!! Eu não sou!!!
Naquele momento a imprensa já se encontrava no local.
-Pela primeira vez na cidade de Cornópolis apareceu um cabra macho dizendo que não é chifrudo. - salientou o locutor de uma emissora local.
-O senhor é solteiro?- questionou logo o radialista para o corajoso homem.
-Sou casado!!!
-E quem é sua esposa?
-O problema é comigo. Deixe minha esposa em paz!
-Queremos o nome da sua esposa! Queremos o nome da sua esposa!- gritaram as mulheres da cidade revoltadas com a tal mulher.
-Prenda o homem! - ordenou o delegado.
-Prender por que?- assustou-se o sujeito com a ordem.
Na cara de pau o delegado explica:
-Em Cornópolis, que não é chifrudo não tem vez!
-Prisão para mulher dele também! - berraram as mulheres.
-Mulher que não bota ponta no marido merece cadeia aqui em Cornópolis.- desabafou uma mulher atrevida.
-É caso para depois.- amenizou o doutor galhudo.
Preso o homem ainda teve um psicólogo para mudar de ideia, mas continuou irredutível. Sem ter jeito para o sujeito o delegado chamou o psiquiatra e salientou:
-Isto é caso de hospício!!!
Levado para o hospício o individuo continuou afirmando que não era galhudo.
-Eu não tenho galha, doutor!
Sem solução para o sujeito e para felicidades de todos os moradores de Cornópolis, o delegado e outras autoridades acharam por por bem deportar o homem e sua esposa para bem longe da cidade.