DIGA A VERDADE, SEMPRE!
DIGA A VERDADE, SEMPRE!
Certo dia, quando retornava de uma viagem a New York, encontrei no aeroporto um velho amigo de infância que seguira o caminho eclesiástico e se tornara padre.
Enquanto conversávamos, uma moça muito distinta aproximou-se e se identificou como moradora da cidade onde meu amigo residia, dizendo que ia sempre às suas missas.
Após pedir a bênção ao padre, ela perguntou:
- Desculpe-me, padre, posso lhe pedir um favor?'
- Claro, minha criança, o que posso fazer por você?
- Bom, disse ela, eu comprei um novo secador de cabelo aqui em New York, muito sofisticado, pelo qual paguei muito dinheiro. Eu realmente ultrapassei os limites da declaração e estou preocupada porque ele pode ser confiscado na Alfândega do Brasil. Será que o senhor poderia levá-lo para mim, debaixo de sua batina?
Meu amigo, que era a gentileza em pessoa, respondeu:
- Claro que poderia, minha criança, mas você deve saber que eu não posso mentir.
- O senhor tem um rosto tão honesto, Padre, que estou certa que eles não lhe farão nenhuma pergunta.
E dizendo isso a moça passou a ele o tal secador de cabelos.
Quando chegamos ao Brasil, Em Guarulhos, SP, meu amigo e eu nos dirigimos à Alfândega, onde lhe perguntaram:
- Padre, o senhor tem algo a declarar?
Tremi de nervosimo, mas meu amigo, docilmente respondeu:
- Do alto da minha cabeça até a faixa na minha cintura, não tenho nada a declarar, meu filho.
Achando a resposta estranha, o fiscal da Alfândega perguntou:
- E da faixa da cintura para baixo, o que o senhor tem?
Meu amigo padre respondeu, com uma candura que me fez corar:
- Bom, eu tenho um equipamento maravilhoso, destinado ao uso
principalmente por mulheres, e por elas muito cobiçado, mas que nunca foi usado.
Caindo na risada, o fiscal exclamou:
- Pode passar, Padre! O próximo...!