LUA ASSANHADA

ERA UMA VEZ,

Linda lua assanhada,

absorvia fluídos

dos eternos

namorados!

Por todo infinito,

girou no traslado

um lapso no espaço,

para o parto fadado.

Sofreu no ventre,

metade do eclipse,

gemeu o ápice,

no sufoco do grito.

Indiferença vadia,

livrou da magia,

o amor materno

aos indigentes!

Esvaziada do cio

sobre anéis de Saturno,

Flutuam, inda distantes,

no escuro noturno

Da VIA LÁCTEA!

A protagonista

da cheia enluarada,

eterna enamorada,

semeia inda, seus filhos

no espaço para o nada!

Liraagi
Enviado por Liraagi em 28/09/2017
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