LUA ASSANHADA
ERA UMA VEZ,
Linda lua assanhada,
absorvia fluídos
dos eternos
namorados!
Por todo infinito,
girou no traslado
um lapso no espaço,
para o parto fadado.
Sofreu no ventre,
metade do eclipse,
gemeu o ápice,
no sufoco do grito.
Indiferença vadia,
livrou da magia,
o amor materno
aos indigentes!
Esvaziada do cio
sobre anéis de Saturno,
Flutuam, inda distantes,
no escuro noturno
Da VIA LÁCTEA!
A protagonista
da cheia enluarada,
eterna enamorada,
semeia inda, seus filhos
no espaço para o nada!