Cap-4: O CÉREBRO DE SPOCK

Capítulo 4:

O cérebro de Spock.

Diário do capitão, Suplemento:

Estamos camuflados em órbita do planeta Rómulus. Esperamos um sinal para transportar um importante cidadão da Federação que há anos encontra-se morando clandestinamente no coração do inimigo.

–Nada, Raimunda Maria?

–Ainda não senhor.

Sarracenek encontrava-se observando pelo macroscópio.

–Achei capitão.

–Ótimo Sarracenek!... Ah...! O que achou?

–O local onde nosso alvo se encontra senhor.

–O sinal, capitão! – disse Raimunda Maria.

–Tenente Aurélio?

–Travado e pronto senhor.

–Acionar transporte.

–Acionado Capitão.

Na sala de transporte, materializou-se o velho Embaixador, que em seguida deu uns passos cambaleantes, levantou a sobrancelha direita e desceu da plataforma dizendo:

–Vida Longa e Próspera! Cadê o Capitão Picard?... Aliás, que nave é esta?

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Diário do capitão, Suplemento II:

Partimos imediatamente da órbita de Rómulus, dirigindo-nos para a Terra.

Conosco vem o Idoso Embaixador Spock, que estava perdido em Rómulus, tentando inutilmente converter a juventude romulana para a filosofia vulcana. Ainda bem que o tiramos de lá, antes que o crucificassem... Como seria a consequência lógica do que ele estava fazendo. E desta vez não haveria uma ressurreição.

Por ele ficamos sabendo que uma ameaça fora de todo padrão está a ponto de abater-se sobre a Federação.

–Capitão Palhares, a situação é muito grave.

–Sou todo orelh... Ouvidos.

–Uma ameaça do futuro.

–Do futuro?

–Sim. Há um poder no futuro que está influenciando o presente e o passado. Já ouviu falar da raça Suliban?

–Não.

–Sim – disse Sarracenek – no século 22 foram uma ameaça para a Terra. O capitão Jonathan Archer, da primeira Enterprise teve desagradáveis encontros com esses seres. Posteriormente não se ouviu falar deles.

–Exatamente – disse o embaixador – suspeito que sua desaparição deva-se a que tentam invadir este século. Eles recebem ordens do futuro. Minha madrinha T’Pol, que os enfrentou junto com Archer, não acreditava em viagem temporal.

–Verdade. No século 22 era ilógico pensar nisso – disse Sarracenek.

–E o que podemos fazer? – perguntou Palhares.

–Não tenho certeza de quando vai começar a invasão. Mas de acordo com o que fiquei sabendo em Rómulus, pode ser a qualquer momento. Portanto deveremos reunir uma frota de defesa e um bom líder para comandar, isso inclui alertar Cardassia, a Aliança Ferengi, e o império Klingon, que também foram vítimas deles no passado. Os romulanos também estão em perigo.

–O inimigo do futuro pretende mudar a história em seu favor?

–Sim capitão.

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–Sr. Sarracenek. O que o Sr. acha sobre essa história toda?

Os três estavam reunidos na cabine particular do capitão, aproveitando que o embaixador estava dormindo nos aposentos cedidos por Sarracenek.

–Tem uma certa lógica, capitão.

–Você diz isso porque o coroa aí é seu tio – disse Jorek incrédulo – mas quando vocês, vulcanos chegam perto dos duzentos anos, começam a apresentar rachaduras nos cristais de dilítium.

–Não, Sr. Jorek. Existem arquivos confidenciais da Federação sobre esse assunto. Assim que chegarmos á órbita da Terra poderemos acessa-los.

–Precisamos fazer alguma coisa – disse Palhares – talvez em Risa...

–Desta vez não, Zé – disse Jorek, com cara de klingon carioca preocupado – o coroa disse uma coisa muito importante, lembra?

–Sim, que para reunir uma frota daquelas, precisaria de um Grande Líder para comandá-la – disse Sarracenek.

–Não olhem para mim, senhores. Sabem que...

–Ele já achou; capitão – disse o vulcano.

–Quem?

–Ele fez um elo mental com Picard a última vez que este esteve em Rómulus antes do caso Nêmesis.

–Aquele velho birrento? Tenha dó, Sarracenek!

–Não apela, vulcano! – disse Jorek.

–Não estou apelando. Ele achou a pessoa certa na mente do capitão Picard.

–Não entendi mais nada.

–Nem eu – disse Palhares.

–Ele acha que pode convocar esse grande líder.

–Mas quem é? – perguntaram coro o brasileiro e o klingon carioca.

–O capitão Kirk.

O silêncio na cabine de Palhares durou um minuto, que pareceu um século.

–Sarracenek.

–Sim, capitão?

–Pode dormir aqui. Eu vou para o quarto da Solange. Amanhã pode tirar uma folga, se quiser, aliás, é uma ordem. Tire uma boa folga, descanse bastante, durma tudo o que for preciso. Depois se apresente à enfermaria para Solange examinar sua cabeça.

–Sim senhor.

–Capitão.

–Sim, Jorek?

–Esse embaixador está na frota há cento e dez anos.

–Parece que está.

–Insisto naquela doença que dá nos vulcanos quando ficam velhos.

–Pode até ser.

–E se o cérebro de Spock estiver com vazamento de plasma? Kirk morreu, desapareceu na viagem inaugural da Enterprise B, a segunda nave da classe Excelsior, ao que me consta, há mais de noventa anos.

–Quando ela bateu no Nexus, capitão – disse Sarracenek.

–Nexus?

–Sim, Picard esteve lá quando aquela coisa passou por Veridian 3, anos atrás.

–Nem me fale, Sarracenek. Foi pouco depois que voltamos do Planeta da Fantasia no Quadrante Gama. E logo depois minhas queridas Duras se atracaram com Picard em Amargosa.

–Sim, capitão – disse Jorek – elas pegaram um sujeito chamado Tolian Sarran.

–Soran – corrigiu Sarracenek.

–Que seja. Estavam indo para Veridian 3 com ele.

–E depois Picard as mandou para S’tov’okor. Mas antes elas conseguiram derrubar a Enterprise em Veridian 3. Foi glorioso! A única coisa ruim de tudo isso foi que depois o Worf foi para a Excelsa Estação.

–Sim capitão – disse Sarracenek – Picard nunca falou do que aconteceu por lá. Mas o embaixador deve saber algo que não sabemos, já que fez um elo mental vulcano com o capitão Picard em Rómulus, como sabemos.

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Continua em: Capítulo 5: A PROCURA DE SCOTT

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Int-2-Cap-4: O CÉREBRO DE SPOCK è um épico humorístico baseado em STAR TREK ® – de Gene Roddenberry; idealizado por Carlos Cardoso, e escrito por Martin Juan Sarracena.

Recopilado e editado por Gabriel Solis.

STAR TREK ® – Criado por Gene Roddenberry.

Gabriel Solís e Martin Juan Sarracena
Enviado por Gabriel Solís em 23/07/2017
Código do texto: T6062768
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