BARRA-COQUEIRENSE- UM POVO QUE NÃO GOSTA DE SER CHAMADO DE BARRÃO.
Na cidade da Barra dos Coqueiros, no início da década de 70, apareceu um polêmico candidato, que em pleno palanque aprontou uma cena jocosa jamais esquecida pelos antigos moradores. Com um discurso enfadonho, o aspirante ao cargo político na bucha mandava:
-Vou trabalhar diuturnamente em prol desse bom povo chamado de Barrão. A bandinha de música que o político trouxera para animar o comício emendava: ”Ão,Ão,Ão o nosso candidato/ vai trabalhar para esse bom povo chamado Barrão”.
Pego de surpresa, o povo da cidade da Barra dos Coqueiros que odeia ser chamado de Barrão sorriu por causa da irreverência do candidato.
-Vou trabalhar diuturnamente em prol desse povo bom chamado de Barrão. A bandinha de música que o político trouxera para animar o comício emendava: “Ão,Ão,Âo o nosso candidato/ vai trabalhar para esse bom povo chamado Barrão.
Ao ser chamado de Barrão pela segunda vez, o povo da cidade da Barra dos Coqueiros fechou a cara.
-Vou trabalhar diuturnamente em prol desse bom povo chamado de Barrão. A bandinha de música que o político trouxera para animar o comício emendava: Ão,Ão,Ão o nosso candidato vai trabalhar para esse bom povo chamado Barrão.
Na terceira vez, houve início de tumulto e o chefe político da cidade da Barra dos Coqueiros alertou o candidato político:
-Cuidado! O povo da Barra dos Coqueiros não gosta de ser chamado de Barrão.
-Vou trabalhar diuturnamente em prol desse bom povo da cidade da Barra dos Coqueiros. A bandinha...
-Cuidado! O povo da cidade da Barra dos Coqueiros não gosta de ser chamado de Barrão. Alertou novamente o chefe político da cidade.
E o candidato continuava...
Cansado de ser chamado de ser chamado de Barrão, o povo invadiu o palanque para dar uma boa sova no polêmico candidato, que no lance rápido e inteligente anunciou:
-Calma Gente! Não se afobe! Agora eu me lembrei da verdadeira música que fiz para meu povo da cidade.
-Que música? – berrou um manifestante.
Olhando para a bandinha o candidato emendou:
Atenção maestro! Ão,Ão.Ão o povo da Barra dos Coqueiros/ Não é um povo Babão, nem Porcão, tampouco Barrão/ O povo da Barra dos Coqueiros é um povo bonzão/ Que ficou instalado em meu coração.